Se o vento pudesse falar
E nós ouvi-lo gritando
Não seria de espantar
O que se tem passado a normal comando
O ser governa o mundo
Nós governamos até o que não deve ser governado
Depois o céu torna-se irado
E lança seu ar raivoso em um segundo
O vento rosnou, dividiu-se e sucumbiu
Partiu casas, rachou momentos
Que assim trocam os ressentimentos
Pela história que por lá já se viu
Ás voltas pela terra fogem os habitantes
O desastre não é feito por eles
Porque se o fosse, oh, se o fosse
Os EUA seriam em nós como sempre mandantes
Mas o vento promete rasgar e ficar mais fraco
Quer que se sinta o seu sofrimento
Se houver perdas sem consentimento
O homem verá em si que é só um caco
11 rasgos de vidas provocados
Chega para interiorização de quem tem que ser
Num pais em que todos os europeus são quase que escravizados
Os Estados Unidos merecem com a natureza tremer
Mas penso eu…
Não serão certamente os únicos no mundo
Que sentiram o peso de um mal profundo
Que de todos tem consequenciação
F.Pereira, poeta
Poema feito quando passavam uns dias depois de se saber do furacão Irene, pensei que tinha já o colocado aqui mas como não o fiz na altura certa dou para apreciação agora.