[Sou tentado pela cor das cerejas]

Desventro-me assim sem dor nos luares finais de março.

E tudo recomeça mais uma vez,
como se as marés ignorassem o homem do leme,
o desconhecessem, o tratassem como
intruso,

e nas cores que nos tentam, como se a tentação não fosse agradável, tudo recomeça, todo o sonho volta a renascer, e o medo emigra-se finalmente.

Poeta, honras-me com o teu comentário, pelas palavras, por gostar. Obrigado.

Abraço-te

Querida Poetisa Jessica

e repito-me que sou tentado pela cor das cereja,
porque o sabor não destingue as cores,
porque poucas são as árvores de todas as cores no além do mar onde existe um arco-iris sem inicio que se afunda algures,
sempre longe de mim.


sim, sou tentado pela cor das cerejas como se fosse uma seda que voga suspensa pelo mar até aos confins deste além de mim.

Poetisa agradeço-te as palavras, o comentário, por gostar muito. Obrigado.

Abraço-te

[Migram-me o silêncio, a tentação em colocar [sempre...] a minha cabeça no teu peito].

sou,
pegada que fica pelo areal,
logo desfeita pelo mar de março, ou abril,
ou de outro mês qualquer, que seja,

serei o que se esquece de ser,
mas que jamais dirá
que não viveu.

Sim, eu vivi,
e jamais esqueçi,

“e sou apenas”
“e Assim me esqueço de mim” em ti

Honras-me com a "Beleza" com que vestiste a leitura deste texto com "o vermelho fresco das tuas palavras". Obrigado em emoção.

Abraço-te

como se a seda vermelha, por vezes mais escura,
deslizasse pelo teu corpo, e eu,
me completasse no teu peito, no teu ventre.

e o olhar se volta
e envolve a pele, sem licença, sem tristeza,
sem pedir sequer,

e das cerejas fica a cor, o sabor,
ficam os lábios perfumados,
os caminhos que a alma procura,

repousando as memórias feitas saudades,
que se espalham pelos caminhos,

florescem algumas margaridas,
“sentires de cerejas”
“e as ondas trazem o sentir”
tantas as vezes perdido além do mar.

Honras-me com o teu comentário no meu texto, "è de cereja o sentir, que envolve a pele", ai ai. Obrigado sincero.

Abraço-te

Que alguns desses deuses me recolham enquanto me afundo por perto,
colhendo a cor das cerejas,
que plantei,
no dorso das baleias em migração.

[Migram-me o silêncio, a tentação em colocar [sempre...] a minha cabeça no teu peito].

e os silêncios que desaparecem sem rota ou destino, libertam-me a alma a cor das cerejas, porque o sabor esse continua sempre à minha espera.

Poetisa que admiro, agradeço-te o olhar, as palavras, até os suspiros. Obrigado.

Abraço-te