Poemas : 

arde o horizonte da nossa contemplação

 
poisam as fagulhas doentes
nos intervalos da terra queimada
e na outra,
virgem deste lesar,
ao suspiro de um vento
que não acode ao salvamento.

o fumo avassala a serra
numa espessa nuvem,
que só transmite calor
e uma dificuldade no respirar.

este vil sofrer
do apaziguar sem contemplação,
nos submete
ao desapreço do desassossego.

na naturalidade das coisas…
há o gesto criminoso
que tanto maltrata o que nos rodeia.

o desatino não tem medida,
a incompreensão não se revela.

tanta coisa se perde…
sem a transformação devida
e salutar da Humanidade.

e o crime tanto compensa
a baixeza das mentalidades,
sem preconceitos.

cada vez mais…
nos sentimos tão pequeninos.


António MR Martins

2012.03.28


António MR Martins
Tem 12 livros editados. O último título "Juízos na noite", colecção Entre Versos, coordenada por Maria Antonieta Oliveira, In-Finita, 2019.
Membro do GPA-Grupo Poético de Aveiro
Sócio n.º 1227 da APE - Associação Portugues...

 
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António MR Martins
 
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Enviado por Tópico
AnaMartins
Publicado: 28/03/2012 18:36  Atualizado: 28/03/2012 18:36
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 Re: arde o horizonte da nossa contemplação
Caro Tio:

Nós somos pequeninos...E prova disso são este anormais que atentam contra a natureza!

Beijinho