Caminho pelo cemitério, amargurado...
Nada em minha vida satisfaz...
Nada me deixa animado...
Nem o arco-íris que lá fora a chuva traz...
Pingos d'água caem por entre as árvores...
Pingos desmembrados... Indiferentes...
Indiferentes à lividez dos cadáveres
Que ora tenho cá por confidentes...
No cemitério impera um silêncio sepulcral...
Uma infinita tristeza...
O silêncio de uma tarde invernal...
De restos e sombras... Esse o meu jazer...
Oh enclausurada certeza:
- Sentir-se morto e vivo não viver!
(® tanatus - 12/04/2013)