Poemas : 

Dignidade

 

O som do silêncio
Pode ser ensurdecedor
Quando lágrimas choradas
Camuflam as palavras
De quem já não tem voz.
Perdendo-se na solidão
No meio da multidão
Que na azafama da vida
Nem vêem, alguém a estender a mão.
Pobre alma solitária a tua
Que procuras no meio do lixo
Os restos de quem tem tudo
Talvez até demais…
No silêncio vais caminhando
Na selva urbana da cidade
Ninguém ouve os teus lamentos
Ninguém vê os teus sinais.
Só porque fazes da rua a tua casa
Dos jornais os teus lençóis
Da calçada o teu colchão
És uma pessoa tão digna quanto eu
No teu peito, bate um coração.
(Gaspar Oliveira)


Gaspar oliveira

 
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gasparoliveira
 
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