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Desencanto

 
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Desencanto
Cheguei a ver os filhos, mas não verei os netos
- asas de fogo no espaço a pairar-
Não poderei erguer ou levantar
num só dedo de altura os meus projetos.

Vejo morrer os sonhos mais diletos
Vejo-me a vida aos poucos sem parar...
Ouço a terra docemente a chamar
estremecendo os meus passos incertos.

Não semeei a dor nunca a quis cultivar
mas, ela cresceu como os abetos
cresceu, na serra, ao brilho do luar...
Antes morrer cantando que chorar,
que mendigar nos caminhos desertos,
o pão do amor que não sei encontrar...


Maria Helena Amaro
Abril, 1988
Foz de Arouce

http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2013/10/desencanto.html
 
Autor
amacsequeira
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 16/10/2013 12:06  Atualizado: 16/10/2013 12:06
 Re: Desencanto
Temos que fazer dos desecnatos os nosso verdeiros encantos. A vida é encantadora, belo poema