Poemas -> Reflexão : 

Libertino (parte 3)

 
Tags:  liberdade  
 
<br />Como foi o alto da vitória perdida?
Como foi o desejo, se não tinhas ambição?
Como foi o sonho da realidade acordada?

Se fostes a ver os vivos, que já ganharam o nada,
Não vias os mortos a gritar pelo ser.

Como queres que o mundo te veja a meu lado?
Desejas o mundo, sem plantares as almas...
Como podes ter um mundo, se queres uma vida?
Podes ter o todo, mas do nada tu deténs.

Os sonhos requerem luzes alternas
Os sons se perdem nas gotas geladas
Os tempos esquecidos em teus olhos se secaram
Aguardo em perfume desse oásis amado.

Os sons de vida libertam-se na alma
Os tempos que queres libertam-se nos teus beijos
Os sabores perdidos libertam-se nos desejos
Só queria que visses, com os olhos cheios de doce liberdade.

As fases da Lua me desfazem os sentidos
Em teus olhos me encantam, como coelhos assustado,
Espero por um dito teu, mas imperas no silêncio
As palavras que te escrevo, não entendes nem meio-termo.

Quem me dera a mim
Saber os factos da vida
Quem me dera a mim
Ter verdades sabidas
Mas detenho em poder
Memórias sofridas
Aguardo pela chuva
De amor e carinho.
Para ver o mundo
Em tons de cores e ternuras...

Libertam-me do teu som
Libertam-me da vida
Libertam-me do silêncio
Libertam-me do tempo
Quebra-me os espelhos
Quebra-me os sentidos
Vem trazer novidades
Para nascer as perguntas
De uma doce, eterna, amada e quente liberdade.

@Setúbal, 25-1-08
(end)


P de BATISTA

 
Autor
Batista
Autor
 
Texto
Data
Leituras
773
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/01/2008 23:01  Atualizado: 25/01/2008 23:01
 Re: Libertino (parte 3)
Parabéns.
h@p