Luso-Poemas
 
Sonetos : 

MEIA IDADE.

 

"A muito não vou a missa, pois bebo à água na fonte, peço a Deus diretamente, sem causar-lhe nem um confronto, só quero o que eu mereça, conheço os meus horizontes"
MJ.

Tu falas de cima como quem tem a receita,
Para acertar os descompassos que me aflige,
Mas a tua vida é um fracasso nas facetas,
E pelo jeito continuarão longas reprises.

Se os meus cachos te afetaram me perdoe,
Mas nunca tive direcionada esta intenção,
É que a vida esta nos impede levantar vôos,
E já nos amores tudo voga menos a razão.

Esta meia idade não me impede as burrices,
Pois ainda ha viço neste cadáver amimado,
É uma tolice o homem morre neste estado.

Tudo o que fiz evaporou no breu do vento,
Depois do sepulcro serei mero esquecimento,
Não me envaidece ter exalado algum talento.


Enviado por Miguel Jacó em 06/10/2015
Código do texto: T5406657
Classificação de conteúdo: seguro

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Miguel Jacó

 
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Enviado por Tópico
Upanhaca
Publicado: 07/10/2015 18:09  Atualizado: 07/10/2015 18:09
Usuário desde: 21/01/2015
Localidade: Lisboa/loures
Mensagens: 8299
 Re: MEIA IDADE.
A meia idade nos leva a ter pessimismo do futuro que mingua com a idade, porém quando partimos fica o nosso legado, por mais que julgássemos não o ter.

Gostei do soneto, parabéns.
Abraço!
upanhaca

Enviado por Tópico
Maryjun
Publicado: 07/10/2015 19:48  Atualizado: 07/10/2015 19:48
Membro de honra
Usuário desde: 30/01/2014
Localidade: São Paulo
Mensagens: 7120
 Re: MEIA IDADE.
Boa tarde, Miguel,

Um soneto sentido!Todavia seremos lembrado de alguma forma!!

Abraços,
Mary Jun

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 11/10/2015 14:22  Atualizado: 11/10/2015 14:22
 Re: MEIA IDADE.
Eis aí um magnífico Soneto, excelente meu caro!

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