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Solitude

 
Solitude

Na solitude do monte,
no cume verde em trono,
és bela - a estátua deificada
e cinzelada pela natureza...

(E a leve brisa irrompe
da neblina opalescente
raiada de ouro pálido
dum tímido raio de sol.)

Teu olhar perscruta vivaz
as cores ténues e incertas...
Nele navegam ilusões futuras
filhas das memórias passadas.

(Que foz irmanada atrai tanto
a corrente das emoções geradas
por nascentes eruptivas de antanho?)

Desconheço que incessante busca te
possui feroz nessa quietude;
vislumbro-te apenas pelo coração
que manténs (vivo) cativo no teu!

Se cada suspiro teu é a chave
que te verseja o ser de amor,
entreabre o teu seio...

Liberta-me! Expulsa-me de vez
sem dó, qual invasor indesejado!
Ou encerra-me eternamente em ti,
como poema relido em pergaminho!


Poet@ sem Alm@
João Loureiro


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Autor
Poeta.sem.Alma
 
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