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Mantilha de Espectro

 
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Sou um espectro de mim
Um avejão doente a procura dum caminho
Abantesma com corretes
Cativo transposto de carne, osso e alma.
Não sei o que queres tu de mim
Adágio incoerente estagnado internamente
Lutando contra a corrente que teima encadear em mim
Vaga o sorriso que um dia foi meu, Sonhos passados Quixotescos
Tão presentes, dantescos.
Vaga a lembrança das tentativas vãs.
Sinto falta do cheiro que o nariz já não sente
sinto falta, descontente, capenga
a esqueda num pedido brusco, que é uma beleza!
eu nunca vi assim... tão perto e tão aparente.
Você vem e vai e manda vir
Sua corrente não deixa escapulir
é madeira que não dá cupim!
De lei, mas o que queres tu de mim?
Sacode céu , treme terra
vibra tudo o que há abarcado...
melhor não se meter com faca de dois gumes
não convém brincar!

Raul - 10/03/2008


Oh ego Laevus!

 
Autor
Raul de Oliveira
 
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