No limbo de um beijo apressado

Uma diferente forma de sonhar e um amor em três actos...

No limbo, tudo pode acontecer
Até poemas com tal magnitude
Dos lábios saem beijos a escorrer
Mas nunca procurando, quietude!

...e

Sendo a vida fugaz
Num limbo pintada
Com beijo mordaz
Na espera de nada!

Olá Conceição, me parece se vestiu de poesia para escrever esses versos:
"Ainda sinto os espinhos fincados
Nas costas, vertendo lágrimas de sangue
Que fluíam das tuas unhas acetinadas
À procura do pecado, da morte incerta
No limbo de um beijo apressado"

Por que é um poder de quem sabe o que é poesia mesmo!

E para essa leitora que te lê, é a pausa para suspirar. !

Gostei muito!

Estamos perante uma rapidinha.
O sr. Carlos tem uma linguagem bastante trabalhada. O uso de metáforas chega perto da elipse.
Na primeira estrofe estamos perante uma quadra que estabelece o tom.
A fonte, embora seca, chora por um nós. Do sujeito poético e de quem ele apresssadamente beija.
Mas como pode chorar uma fonte seca?
Sob a secura masculina há lençóis de água. Referências a água escondida, mascarada.
O mel seco cristaliza duma forma estranha. O doce dobra.
Mas todo o poema é movimento, nas ondas, a fuga e as cinzas onde houve, certamente, fogo.

muito bem sr. Carlos Val.

Muito obrigada a todos pelos comentários.

Rogério Beça em nome do Carlos Val,
agradeço a observação e análise construtiva, confesso que não sou fã dos recursos de estilo, se eles aparecem são mesmo saídos da criação, embora os conheça a todos pois a minha formação escolar assim me obrigou, mas sou mais apreciadora da antítese mas não consegui.

Abraço a todos.
Do criador e da leitora

*Leio-te com os olhos d'alma porque é assim que sempre me tocas.
E sempre fico extasiada com tanto sentimento desnudo.
Amo tua escrita...densa e rica pra mim!
Beijoka* de super fã

lindo

Um lindo poema fertilizado em amor, belo