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Ciúmes

 
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Ciúmes

Por não entender a vida, eu vivo nas trevas
Você é luz que paira sobre meu negrume
Provocando as sombras de um sonho em vão
Inebriando-me com o teu vil perfume
Eu me exaspero neste louco ciúme
Que vai aumentando minha escuridão.

Eu sou um pântano caudaloso e triste
E nestas trevas toda esta dor
Sou o agudo grito que jamais ouviste
Eu já nem sei mais quem agora eu sou
Talvez o vento frio que este inverno encena
Ou um artificio em minha pequenez
Talvez a fome insaciável e plena
Eu sou só, e agora, um talvez. . .

Qual é a verdade que nos dois não vemos?
Qual folha que no outono primeiro cai?
Qual o amor pode curar a dor dos enfermos?
Porque este ciúme do meu peito não sai?

Minha insignificância humana desespera
Por estar sozinho nesta madrugada fria
Toda a dor do mundo em mim se prolifera
Já não me enaltece no raiar do dia
Neste amanhecer de triste agonia
Que em vão pereço em minha estupidez.

Alexandre Montalvan


 
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montalvan
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