Sonetos : 

SEM JUÍZO

 
SEM JUÍZO

Teus lábios doces mordisco de leve
Devagarinho da seiva me embebo
Devaneando, aturdido, percebo
Que minha sede em teu corpo se atreve

Os poros fervem, torrente bravia
Escalda os sôfregos beijos, selvagens
Por sedutoras, insanas voragens
Somos sugados... O amor delicia!

Sintonizados, olhares brilhantes
Desnudam, rindo, travessos amantes
Por uma fúria carnal conduzidos

Que sobre nós a luxúria se deite
Tire o juízo, o supremo deleite
Deixe entranhado nos bambos sentidos


Jerson Brito

 
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jersonbrito
 
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