Mãe que vives entre ciprestes e ventos
intacta como o silêncio ...
Mãe-terra, na terra serena,
adornada de mim,
feita de noites e Sóis 
beijada pela Lua!
Mãe das pálpebras caídas 
que não arde nem fala ...
Mãe do azul que nos legou
sob um mar de ventanias,
agreste e verde,
com vontade de ficar!
Mãe pura sobre os sonhos
com passos de andorinhas
cansadas de voar ...
Mãe! Intacta e casta como a água 
que cai de todos os silêncios 
sob as lousas frias, brancas,
que se fecham em saudades ...
Ó minha mãe ... minha Mãe ...
Ricardo Maria Louro 
(Dedicando à tia Maria Eduarda Salgueiro estes versos, neste novo estar, da sua vida ... agora!)
                
Ricardo Maria Louro