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Sem dizer adeus

 
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Por estas paisagens oníricas
Nada resta de um amor insepulto
Que brilhou mais que a luz do dia
E num momento de espanto e dor
Do que era tudo, restou o nada
O vazio, a frase impronunciada
O grito de raiva apenas engasgado
A vida não é para sempre, eu sei
Eu já sabia... mas porque tão cedo
Por duas folhas de um calendário
Com números ainda sem o X
Como saber que depois de 700 dias
A hora da morte já é legítima?


"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
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Enviado por Tópico
Odairjsilva
Publicado: 25/11/2020 18:09  Atualizado: 25/11/2020 18:09
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Usuário desde: 18/06/2010
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Mensagens: 5097
 Re: Sem dizer adeus
Mais uma bela construção poética! Gostei muito!