Penetro-te por cada ranhura
Em cada greta resvalo
Entro pelos orifícios
E tu chias
Não importa a forma
Eu te observo
Meu olhar úmido
De quem se abrasa
Um instante
E o inseticida
Vem pelo túnel
Sufoca-me até matar
Verme que sou
Deixei marcas
Em ti madeira
Somos esses
É nossa sina
Ser assim
Eu cupim, tu árvore
"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)