Poemas : 

Novo dia

 
Com este pôr do sol sem fim, dei um descanso à minha alma
A sensação se foi e uma vez mais eu pude ver só meu sonho
Eu criei meu próprio céu para meu coração não mais chorar
Não me diga como eu me sinto. Esta é tão-só minha criação
A música morreu, também a poesia, todo amor está à venda
Mas o menino não morreu, ainda que viva sem sentido, vazio
Mas dor é temporária, a vida há de seguir, o inverno findará
Você ficará com seu silêncio eloquente, sem ter nada a dizer
O tempo te levará mais que o metal que você julgou ter valor
Minh’alma se fez livre da espada e, assim, posso voltar a viver
Pois eu reconheci minha pequenez finita diante das estrelas
O poeta renasceu, trouxe com ele os versos da nova canção
Eu quis imaginar um oceano em você, não quis ver o deserto
E agora o que eu vejo são versos sem rimas, sexo sem clímax
O fim de todo querer, o que poderia ter sido quase perfeito
A manhã já veio, não me culpe porque seu sol não brilha mais
Já conheço seus cenários. Você sente frio? Esta é a verdade
Perdoe-me se já não quero chorar, se meu rosto é sorridente
Debaixo desta chuva, ao sonhador, o vinho é canção de ninar



"Somos apenas duas almas perdidas/Nadando n'um aquário ano após ano/Correndo sobre o mesmo velho chão/E o que nós encontramos? Só os mesmos velhos medos" (Gilmour/Waters)


 
Autor
Sergius Dizioli
 
Texto
Data
Leituras
565
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.