Elegia da morte

Olá Alberto, acho que a morte é uma casualidade da vida, ou a vida é que é uma casualidade da morte, ou tanto a vida e a morte são casualidades de qualquer coisa maior, ainda não sei bem, mas mais tarde tenciono descobrir, depois eu venho dizer. Eu lido bem com a morte, não me faz confusão, nem constrangimento, nem melindre. Aprendi em tempo útil, durante e com a vida, a aceitar o que a vida dá, o que ela comporta, com a morte não é diferente, aceito-a bem, seja em que circunstância e em que tempo for, e talvez por isso escreva o que escrevo, da maneira que escrevo, e escrevo porque me apetece. Por outro lado não há nada melhor do que estar vivo. Sou e serei um eterno defensor da vida, tenho um imenso respeito e uma imensa admiração por toda a vida senciente, e isso faz-me sentir bem, faz-me sentir ainda mais vivo. Há os suicidas que pensam o contrário, que o melhor é morrer, assim acaba-se tudo. Pessoalmente, acredito que a vida não é tudo o que temos, e que a morte não acaba com tudo e tem algo para oferecer. Não que haja vida além da morte, pois se morremos a vida como a conhecemos e chamamos termina, mas acredito deve acontecer uma espécie de nirvana da consciência (ou alma, ou espírito) que se liberta do corpo e nessa altura, a matéria e o físico funcionam com outra mecânica, e tornam-se menos impactantes, menos densos. Eu acredito nisto porque o sinto, assim como acredito nos sentimentos que sinto, como o amor, a amizade, o respeito, apesar de nunca os ter visto. Obrigado pela presença e pelas palavras. Abraços

vais com certeza desculpar-me. eu penso diferente. eu não me conformo com o que a vida me dá. eu tenho direito a escolher o que quero. e depois, se me conformasse com a morte já estaria morto há muito tempo. bom, mas claro que respeito o teu ponto de vista, sem contudo dizer que, me parece algo suicida. as minhas palavras possivelmente também parecerão agressivas aos olhos...! mas não é a minha intenção. a humildade a arrogância e a ignorância são o pior do mundo. agora pensa. vou-te deixar aqui um grande abraço, apesar da época desgraçada que estamos a viver, mas vou confiar nas duas doses da vacina da astra... eheh fica bem. uma boa tarde. inté

Não há o que pedir desculpa. Eu aceito o que a vida me dá, aceito porque me é oferecido. Não adianta lutar contra. Agora posso ou não conformar-me, depende da oferta. Assim como com a morte, eu aceito-a, não há como não aceitar o que de mais certo existe na vida, não me conformo e irei sempre fazer o possível para ficar vivo muito tempo, como disse não há nada melhor do que estar vivo. O não aceitar é estar a canalizar energia negativa, pensamento negativos, é ocupar a nossa mente com aquilo que não queremos, enquanto ao aceitar, mesmo aquilo que não queremos ou gostamos, poupamo-nos ao desgaste do conflito imediato da recusa, da luta contra factos que são consumados e assim, não criamos, nem acumulamos carga negativa. Por exemplo, receber uma conta que tem de ser paga, não adianta não aceitar, gritar, chamar nomes ao remetente, esbracejar, a conta existe, ela está ali e vai ficar ali até ser paga. Por outro lado, se agirmos conscientes, e aceitarmos a conta, sabemos que existem apenas duas hipóteses pacíficas e saudáveis, se há dinheiro, paga-se a conta e não se pensa mais nisso, se não há, é deixá-la quieta e não pensar mais nisso até que haja dinheiro. Abraços Alberto

O nosso subconsciente nem sempre é claro, e constantemente nos presenteia com dúvidas. :) Mas seja como for, é um pensamento forte e verdadeiro. No que acrescentas, e bem, não podia estar mais de acordo, penso também, que a vida, o percurso da alma, é uma espiral ascendente, em constante aprendizado, e até o aprendizado estar completo, voltará às vezes que forem necessárias, recomeçando do ponto onde terminou anteriormente. Obrigado pela presença e pelas palavras. Feliz por gostar. Abraços