Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 09/02/2023 23:15 Atualizado: 11/02/2023 20:33 |
Re: como verbo, o ar
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Enviado por | Tópico |
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Abissal | Publicado: 10/02/2023 00:23 Atualizado: 10/02/2023 00:23 |
Membro de honra
Usuário desde: 27/10/2021
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Re: como verbo, o ar
Gostei da leitura.
Abraço |
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Enviado por | Tópico |
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Rogério Beça | Publicado: 10/02/2023 07:16 Atualizado: 11/02/2023 19:53 |
Usuário desde: 06/11/2007
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Re: como verbo, o ar
Há uma certa gratidão em poemas destes surgirem quando inspirados noutros poemas, muitas vezes carregados de amargura, como se uma força obscura se encarregasse de equilibrar as contas, numa balança tão injusta.
Mas, assim foi. Numa primeira conjugação soltou-se o verbo, essencialmente no voo, ou pode ter sido no canto, resta discutir a forma, mas, mais adiante. O "...ar..." é essencial à vida. Mas é a fonte da oxidação, motivo final pelo qual todos enferrujamos. Ficámos todos a saber que lês persa, os árabes escrevem da direita para a esquerda imitando o movimento do sol, com uma citação desta qualidade, é favor acrescentar o autor e o nome da obra, para que nós, mortais, tentemos encontrar e tentar ler. É lindo. Porque o médio oriente sempre causa recordações ancestrais de teor exótico, religioso (é o berço das maiores religiões monoteístas) e, no caso da Pérsia, lá ter havido um império. Estive o ano passado à conversa com uma catedrática de persa, num jantar de amigos, e ela tem um orgulho indisfarçável em jurar que a poesia é uma segunda língua do seu país. Estranho país o Irão... A aliteração nos PP também me pareceu bem. O segundo verso da primeira estrofe tem um ritmo muito próprio, e a terminação no verbo dá-lhe uma força de declaração muito intensa. A intenção do vazio da ausência (voltamos ao ar do título) como causa é muito clara. Agora, o que é um “...momento de cotovia...”? O sujeito poético explica-o na segunda estrofe. Lançando-se no “...firmamento...” sugerindo o voo da ave. O “...por isso...” determina o tempo. Isto estaria muito correcto se fosse águia. Qual é o atributo da cotovia (popularmente falando)? O canto. Ora, no céu para que se lança (boa escolha de verbo) como pedra, de olhos fechados, será que só voa? Ou será que canta pensando-se a voar? Sendo o Poema, Canto. Muitos cantores (veja-se, como no caso do fado) fecham os olhos, mas pode-se dar o caso do voo ser feito dessa maneira, já que o risco de colisão é pouco. Deitado, algures, o leitor “descansa os olhos”. Acordado, o sujeito poético avança na última estrofe. O segundo verso dela tendo o “...só...” no final, obrigando à pausa, retira o “apenas” e soma a solidão. Há muita solidão na escrita, e na poesia em particular. Ao ver a luz do dia, surge o poema acabado, num ponto final em que a iluminação parece outro nome para espanto, ou inspiração. Espantoso este poema. |
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Enviado por | Tópico |
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MarySSantos | Publicado: 13/02/2023 14:24 Atualizado: 13/02/2023 14:24 |
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Re: como verbo, o ar
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Enviado por | Tópico |
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MarySSantos | Publicado: 13/02/2023 20:08 Atualizado: 13/02/2023 20:08 |
Usuário desde: 06/06/2012
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Re: como verbo, o ar
existe voos e voos
alguns tão imensos... mas o tempo é tão pequenino nem sempre cabe dentro o passarinho o poema é pura reflexão, como asa dando-se mão. gostei muito de ler! |
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Enviado por | Tópico |
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Aline Lima | Publicado: 09/03/2023 19:27 Atualizado: 09/03/2023 19:27 |
Usuário desde: 02/04/2012
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Mensagens: 734
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Re: como verbo, o ar
Suave... Bom de ler. Gostei bastante.
Outro dia também li um poema que falava de uma cotovia... algo do Manuel Bandeira. |
Enviado por | Tópico |
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visitante | Publicado: 16/11/2023 11:36 Atualizado: 16/11/2023 11:36 |
Re: como verbo, o ar
Tão lindo!
As letras dançam Entre os pássaros Irmãos. Grata pela partilha. |
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