Luso-Poemas
 
Poemas : 

Os teus olhos a chegarem devagar

 


Num gesto mal dormido
apoiei na mesa o tempo da espera.

Os teus olhos a chegarem devagar
em dia de azul-cinza.
O silêncio dissolvido em frases incompletas.
A manhã atirada
contra a expectativa dos dias.

E os teus olhos
em dia de azul-cinza.

Depois, os teus passos nítidos
a morrerem vagarosamente no vazio absurdo
que gelava todas as coisas
que deixavam para trás.

E eu alheada de mim
e os meus olhos presos deslumbrados
e a rua a correr em sentido inverso
perdida na neblina.






 
Autor
maria.ana
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
584
Favoritos
1
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
14 pontos
2
2
1
Recentes
As vozes
Sem dores maiores
Depuração
Por uma vírgula
Do grito ao eco
Aleatórios
Contracurva
De um tempo de aves
Uma herança de sol
Até onde o olhar me sobra
Ao fundo, uma parede em branco
Favoritos
magazin de velharias em que entro só para me rir
Dez Sonetos da Guerra da Crimeia parte dois
Fatos e Obviedades
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 05/06/2023 07:10  Atualizado: 05/06/2023 07:10
Moderador
Usuário desde: 28/07/2009
Localidade:
Mensagens: 11354
 Re: Os teus olhos a chegarem devagar
Que maravilha! Volto a ler deslumbrada, poucas palavras para não macular as do poema.

Tenha um bom dia
bj.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre