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Três Gotas de Escuridão

 
Três Gotas de Escuridão

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Derrama essas três gotas negras de escuridão nos túmulos
Sagrados de outros tempos, recita os cânticos que deixaram
Almas ligadas ao mundo espiritual, e derrama aquele sangue
Humano que muitos desejavam ver, sentir as gotas de sangue
Sendo aspergidas naquele noite de luar sonolenta e distante.



Os espíritos cadavéricos satânicos aniquilam com suas mentes
Toda a vida, toda a felicidade, o mundo cobre-se de palor negro,
E almas sedentas de fealdade gritam em uníssono que
Viverão para sempre não apenas neste mundo, mas em todo o Universo.



Derrama nos túmulos toda energia que em ti estava tornando-se
Densa, amarga, e toda em forma de aranhas mortas e pustulentas...
Tu és este túmulo calcinado de maldades, este mundo pequeno
De maldades inesquecíveis, ossos fraudulentos, e sangue exangue.



Tu és aquela boca negra que bebe em ansiosos goles
O sangue da taça, a carne morta deste morto é tua
Ambrosia eterna, cada sorvida desta taça leva-te
A mundos mais profundos, secretos e inenarráveis.




Nas últimas libações negras, tua alma ficará exultante
Quando descobrir dentro de si a força cósmica evocativa
De milênios perdidos, e cada gota de sangue que tu provaste
É um novo universo negro criado e destruído na eterna
dança da morte.


 
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lud
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