Poemas : 

Assomando as ruinas… no Luso

 
 
Abrir esta janela, há tanto tempo fechada
É triplicar noites no olhar
Sem a moratória
Do amanhecer das tardes
Do entardecer das manhãs

Aqui
Neste lugar
Arrulhávamos
Os nossos sentimentos
No anonimato
Dos rostos

Aqui salivávamos a ternura
Com palavras estrangeiras
Através da nossa língua
Siamesa
Sem especificar
A nacionalidade
Das letras
Nos poemas


Agora que foste embora
O vestígio das tuas palavras
Mareiam as esperanças
Morridas pelo desapegar
Dos lábios
Em prosa

Agora
Todos os adeuses
Entristecem as futuras horas

É assim …
As fendas
Depois dos apegos
Sabendo ao sal
Das ondas
De uma só maré

No fundo
Não fomos capazes
De soletrar
O Amo-te
Capaz de ressoar
Para o resto das nossas histórias







Noventa vírgulas ao infinito de noves % dos homens não prestam e só não nos amam pelo sexo, quando estão a dormir, quando estão com outra…ou quando, simplesmente não estão, estando …

 
Autor
Clarissemalha
 
Texto
Data
Leituras
306
Favoritos
2
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
25 pontos
3
3
2
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Luso-Poemas
Publicado: 19/09/2023 08:46  Atualizado: 19/09/2023 09:14
Administrador
Usuário desde: 25/01/2006
Localidade:
Mensagens: 150
 Re: Assomando as ruinas… no Luso
Boa Malha ...bem vinda de volta, o luso agradece , ou aliás o Luso Engrandece ainda mais assim, muito obrigado

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/09/2023 08:50  Atualizado: 19/09/2023 13:57
 Re: Assomando as ruinas… no Luso
E que viva Saboia ... (não Odemira ;))

Open in new window

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 13/04/2024 01:24  Atualizado: 13/04/2024 01:24
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 17966
 Re: Assomando as ruinas… no Luso
Digo já! Esse queria ter escrito. Minha admiração sempre fica abismada por cá. Bjs