Então não sabe você papel
És tu ingrediente principal
No caldeirão mexe o caldo
E de quem são as palavras
O gosto do cozido depende
E o poder das palavras mexe
Mais que a colher que voa
Qual foi a magia que gravou
Na está no caldeirão a cura
Buscava nele o alívio da alma
As palavras benditas ou do mal
Faz dirigir as pernas e o coração
Lhe enganaram o poder está ali
O papel guarda o sentimento
Aquele que o escreve o aprisiona
O leitor o liberta também é seu
Na vida não entendida se escreve
Todo aquele que lê tem sua dor
Como entender os que deseja a morte
Nada é simples pois vivia o paraíso
Você não estava errado ao escrever
Só não pude entender e nem aceitar
Vive um monstro em cada corpo
Ele não renasce cada um tem o seu
Maria Gabriela
A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)