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Eliane_doze de Janeiro

 
Pergunto qual é o equilíbrio
De traços tão finos
Uma balança grossa de insensibilidade
Quando foi
A que horas dormiu
E o quanto se aguentou
O que segurava nas mãos
Foi adubo ou precisou de lágrimas
Falo do corpo unido à alma
Do que é divorciado deixa de dar frutos
Do lado animal por falta de uso da razão
E a razão sem energia de conduzir
A luz foi aprisionada por egoísmo
E tudo em sua volta ficou triste
Tinha um castelo mas sem o canto dos pássaros
O corpo morre e a razão simplesmente vegeta
A alma não acha nada belo


Eu busco e eu ainda não sei como segurar com as mãos, pois parece não existir, mas eu sei que minha alma tem sede de um líquido diferente do que é oferecido ao corpo e é só a minha ignorância a culpada, não sei definir esse sentimento, então como vou conseguir, estou caminhando a passos lentos porque nos assuntos de sentimento sinto-me no deserto, com sede e por maldade, para impedir o fruto invisível.


Maria Gabriela


A alma é tingida com a cor de seus pensamentos. (Marco Aurélio, meditação)


 
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GabrielaMaria
 
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Enviado por Tópico
Egéria
Publicado: 18/01/2024 16:02  Atualizado: 18/01/2024 16:02
Usuário desde: 28/09/2009
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 Re: Eliane_doze de Janeiro
Olá,
espectacular!!!
Um poema que em nada se perde em ler, e se quer mais...
Fabulosos sentimentos descritos, e sublime escrita.
Abraço