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tempo sem tempo

 
 
O meu tempo, o tempo do mundo e o tempo que não existe!

Toda a nossa vida e formatada em relação ao tempo. Vivemos, corremos, sonhamos, rimos, sorrimos, choramos, odiamos, fodemos, caímos, desesperamos e por todos “emos ou amos” que existem, temos todo o tipo de emoções sempre em determinados tempos da nossa vida. Somos relógios vivos em que a corda é dada pelas emoções que vivemos ou desejamos viver. Os Realistas, na sua teoria filosófica, defendem a existência do tempo fora da mente humana, enquanto que, os Idealistas/ Anti-realistas batem-se com a unicidade de tempo com a alma humana e com o seu pensar – tudo é realizado a seu tempo e no tempo de um advir específico. Quando lia kant percebia que ele negava por completo a realidade física do tempo, dizendo que o tempo é apenas uma medição em que acontecem as coisas e a que todo o universo se expõe. Nisto tudo há algo que nenhuma lei ou filosofia consegue explicar, seja na área da metafisica seja na área da realidade quântica – a nossa experiência pessoal com o tempo! Todos nós vivemos o tempo à nossa maneira, ao nosso gosto, com a nossa forma de ser. Temos tempos mortos, tempos vivos, tempos de mentira, tempos de verdade, somos seres fora do tempo e em que o tempo deixa de ser a realidade quando imaginamos outros tempos que não vivemos. Einstein, na sua teoria em que fala das pontes que nos ligam no tempo, seja ao futuro ou ao passado – Pontes de Einstein Rosen/ Wormhole – deita por terra todas as filosofias que se dedicam ao arquétipo do conhecimento empírico. Diz que através de uma determinada energia conseguimos recuar no tempo ou avançar no mesmo. Relembra que ao recuar no tempo poderemos mudar por completo o presente e por sua vez o futuro. Aqui, a base científica, mostra-nos que afinal o tempo é algo tão unido ao que somos que qualquer alteração do mesmo mexerá com aquilo que pensamos, fazemos, amamos, criamos, sonhamos.
O meu tempo, tal como o dos outros é único no presente. Neste segundo em que escrevo, nesta fracção de tempo em que apenas debito tempos mortos, vivo a intensidade plena nas palavras que derivam de um passado aonde o tempo me ajudou a ser o que sou hoje. Sou uma alma que acredita por completo na Teoria das Cordas, na possibilidade da existência de universo paralelos e, em que os mesmos, por energias temporais, se conectam em emoções, vivências inexplicáveis, visões, sextos-sentidos, premonições ou sensações de vidas nossas que não conhecemos fisicamente mas, que em certas alturas, as vivemos noutra realidade temporal. Explico, assim, a mim mesmo, muitas das acções que faço, muito dos pensamentos que tenho, muito dos sonhos que vivo, muito das dores que carrego. O electromagnetismo que existe em nós, que nos faz ter certas acções, que à partida não queremos fazer, mas que as fazemos sem explicação racional, ultrapassando todas as barreiras que colocamos a nós mesmo dentro da nossa mente, mostra-nos que apenas somos feitos de colisões electrónicas, em que os átomos interagem o meio envolvente e em que a motivação mental/corporal não existe, mas a apetência para ligações iónicas é tão forte que nada nos faz parar, como que naquele segundo, não fosse a nossa mente a mandar em nós, mas sim a descarga energética que o meio nos dá e que nos comanda durante segundos. A mentira e a verdade, o doce e o azedo, o bonito e o feio, tal como todos os opostos são termos tão insignificantes no mundo científico do tempo infinito, que é tão questionável uma verdade pura como uma mentira nata. Tudo se torna igual se formos ao centro nervoso da produção de emoções, tudo se resume a energias, puras energias num determinado espaço-tempo que se unem em ligações sinápticas e que produzem, isso sim, efeitos na realidade do segundo em que as fazemos (mas no dia em que conseguirmos dobrar o tempo como dizia Einstein, a verdade deste segundo, a acção e emoção deste segundo, pode deixar de existir, tal como a própria pessoa que o realizou - porque o tempo é mutável e por conseguinte tudo o que existe dentro dele).

Sem tempo e sem destino, mas predestinado e perder-me na intemporalidade de um tempo em Universos Paralelos onde existo por fracções de segundos e aonde as palavras não têm tempo nem destino.

“A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente.”
Albert Einstein


"Quanto maior a armadura, mais frágil é o ser que nela habita!"



 
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Gothicum
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Enviado por Tópico
MarySSantos
Publicado: 09/04/2015 12:00  Atualizado: 09/04/2015 12:00
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 Re: tempo sem tempo
Li por três vezes o texto, consumindo 'suas considerações' sobre esse tema tão especulado, de acordo com o pensamento de cada um. Mas o que realmente vale aqui, foi o tempo entregue à leitura, que, de tão clara e envolvente, resgatou meu tempo, já quase perdido.

Agradeço a partilha.

Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 09/04/2015 12:33  Atualizado: 09/04/2015 12:33
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 Re: tempo sem tempo
Poeta
Usei bem meu tempo nessa leitura! Muito interessante! Beijos!
Janna