Sonetos : 

Tocaia (soneto III)

 
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E o entardecer que suavemente emoldura
O cerrado, onde repousa o sublime poente
Turvará ele, assim, cessante, resplandecente
Num suntuoso final do dia, cheio de textura

Pois o tempo findando arrasta o olhar da gente
Em um encantamento, com uma doce ternura
Revelando formosura, feita, nesta entalhadura
Do anoitecer, que até a sensação pulsa e sente

Então, da luminosidade do sol pouco restou
Absorvida pela escuridão da noite, passou
E, agora, o sombreado se fazendo tão certo

Sem deixar resquício nem fulgor, esvaeceu
Cá no sertão o continuado obscurecer e eu
Concernente, de tocaia, com fascínio inserto.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
26 junho, 2025, 19’27” – Araguari, MG



Poesia é quando escrevemos o monólgo de nossa alma, que se torna um diálogo com o leitor.

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Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol - poeta do cerrado
 
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LucianoSpagnol
 
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