Poemas : 

pá de porcelana

 




a folhagem em viço
algumas flores ainda em festa
e os frutos que adoçam.

é uma árvore frondosa
em baile incansável
porque o vento não
desiste de dançar

a tela do artista ganha suas
cores
a fotografia captura suas poses
e o poema a entranha em
palavras e cada palavra é terra fértil
para semeio
canteiro
jardim.

há a ideia de que
o que é visível
rente e belo
carrega o esplendor.

tenta-se ir mais ao fundo
mas, compreender as raízes é
sujar as mãos de silencio e tempo

tristes das árvores tortas
de troncos sem verniz
dos galhos sem molduras

aquelas que ninguém fotografa
mesmo que suas raízes
também segurem o mundo

no mais profundo




Inconstante...

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MarySSantos
 
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