Sonetos : 

AMESQUINHADO

 
Tags:  SONETOS 2025  
 
AMESQUINHADO

Tinha já tão pequeno o coração,
Que não podia sentir senão aos poucos.
Depois de ver mais sábios os mais loucos,
Parece indiferente à escuridão.

Dos grandes sentimentos, a ilusão
Clamara às multidões a brados roucos.
Hoje, com olhos vis e ouvidos moucos,
Isola-se na própria percepção.

Guarda vaga memória de quem fora
Ou do que defendera vida afora,
Antes de se perder na realidade.

Pois, se o amor que era pouco se acabou,
De si para consigo, o que restou
É qualquer coisa em vão como a saudade.

Betim - 02 08 2025


Ubi caritas est vera
Deus ibi est.


 
Autor
RicardoC
Autor
 
Texto
Data
Leituras
26
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
0
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.