Poemas : 

para não rimar com a morte

 
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das noites sou refém
conto as horas,
mais além pela madrugada
vem a saudade de alguém
que o destino me trouxe à sorte

escalo o verso
para não rimar com a morte
que é triste e sombria
e vaga pelo meu dia, a dia!

há uma voz em mim sempre em silêncio
frágil como a vida que me resta

quando olho as rugas da minha testa
linhas com sonhos à mistura
descobrem minha fragilidade
veladas de saudade

este poema ancora nele a solidão
mas com ele não me sinto só!

é como um deserto árduo
- sem água nem pão!
onde um dia o Poeta vira pó.

natalia nuno


Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe



 
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rosafogo
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Enviado por Tópico
Aline Lima
Publicado: 11/08/2025 00:55  Atualizado: 11/08/2025 00:55
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 Re: para não rimar com a morte p/ rosafogo
Olá, Natalia.
Senti no seu poema uma luta silenciosa, entre a saudade e a vontade de seguir. Tudo com um tom forte e delicado ao mesmo tempo.
Acho bonito pensar que escrever pode nos dar uma força para seguir, mesmo diante da fragilidade da vida, e que a poesia acaba sendo uma forma de eternidade.
Beijinhos.