de mundos insondáveis viajante
correndo espaços onde tudo cabe
um cosmos de intenções do qual não sabe
senão fragmentos, ou só o instante
inspironauta por olhar que se abre
à dimensão possível, cativante
e à impossível, mais inebriante
que a alma intimamente entreabre
de ânsia a propulsão move na senda
por rumos que a razão já não entenda
entranha-se em dialecto surreal
mas nunca larga mão do seu papel
a comandar a nave com espinel
enquanto enlaça o verso especial
23-09-2025