Já não busco raiz,
caminho nas frestas,
no instante, à beira do relâmpago.
Onde termina o corpo,
um risco aceso,
um lume que não se doma.
Carrego o avesso da noite
como quem despe a aurora,
sem medir o passo,
sem arrependimento.
Na fronteira,
o que queima não é limite,
é promessa.