Na madrugada, solidão e amor se encontram
Dançando na penumbra, sem ninguém para os assistir.
Entre suspiros e silêncios, eles se misturam e criam,
Poesia nascida da união entre o vazio e o sentir.
Na melodia do silêncio, sonhar e viver se abraçam,
Deixando a distância segura, que protege do ferir.
Um pedacinho de mim chora e outro acha graça,
Enquanto a noite acontece, tudo parece existir.
Não sei de que matéria os sonhos são feitos,
Nem tão pouco do que é feito o que sinto,
Em um oceano de mistério, me encontro e me perco
explorando cada onda desse labirinto.
Guardo um verso sob o manto da lua, ou na gaveta da sala,
Que nele não haja nada tão sério que impeça um sorrir.
Enquanto o mundo repousa, a verdade ressoa, não se cala,
Reflexo da alma, onde as emoções não tem fim.
Até surgir o amanhecer que o desfaça em um breve despedir.