Poemas : 

castelos de areia

 
Agarrei, já sem garras,
apenas nas palmas das mãos,
punhados de areia, grãos,
molhada.

Moldei-a com um balde, a areia,
aos montes,
fiz crescer um belo castelo
com torres e ameias, até pontes levadiças,
um sorriso
grafitado.

Não me dói a ligeireza com que se desfaz,
apenas sei duma princesa que nele mora.


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

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Autor
Rogério Beça
 
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