Poemas -> Alegria : 

CANTO À VIDA

 



Ah, não ser eu, todo o mundo e toda a gente
dar por dar sem olhar a quem…

E ter como palavra subsequente,
a gratidão, muito além do gesto de alguém…

Ah, não ser eu, o propósito, que é esta nossa vida,
deitar à terra a duradoira semente…

E de ver nos olhos, da ceifeira, comovida,
o fruto que desfolhando vai, leve… levemente…

Ah, não ser eu, a consciência da mulher,
o parto do filho, o nascimento…

É que ser mãe, de há muito tempo requer,
sacrifício e doação, do nado o alimento…

Ah, não ser eu, a criança, que cresce radiante,
na sua eterna busca pelo desconhecido…

E que crescendo, leva-se, deveras adiante,
a aprendizagem, de seu melhor amigo…

Ah, não ser eu, do velho, o conhecimento,
a palavra bem regrada e esclarecida…

E que por aqui não fizesse ninho, o intrépido tempo,
proporcionando uma vida, bem vivida…

Ah, não ser eu, aqui, todos os rejeitados,
vivendo de dogmas e preconceitos…

E que eles fossem doravante poupados,
entregando-lhes em mãos, os seus direitos…

Ah, quem dera, ser isso e mais ainda,
numa perfeita harmonia com a Natureza…

Pois que, para mim, toda a gente é linda,
e esta é e será, para sempre, a minha certeza…

Jorge Humberto
08/06/08



 
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jorgehumberto
 
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