Poemas : 

A minha cruz

 
Passo horas na escrita e querem saber o que me irrita?
As letras agrupam-se para me fazer sofrer e vejo em linhas o que sinto,
E o que quero escrever,
Tento passar com a maior veracidade a minha mente para o papel,
Tento em palavras duras e cruas em folhas nuas,
Em feridas minhas e tuas,
Ando perdido nestas ruas de poemas,
Escrevo dilemas e amores gigantescos,
Escrevo chagas e poemas grotescos,
Derramo sangue sempre que me exponho,
E bebo saudade sempre que te sonho,
As canetas e lápis agridem-me como chicotadas,
Sempre que escrevo as angústias em folhas enumeradas,
Ideias atadas a uma lua entardecida,
Por vezes de dia, mas quase sempre de noite escrevo a minha vida,
E procuro incansávelmemte aquela saída,
A que todos nós procuramos quando escrevemos,
A libertação e o alivio da dor com a qual crescemos e nos fazemos,
Carrego a cruz, a minha cruz, toda a gente tem a sua,
Como carregas a tua?


Obrigado a tudo o que me inspira.

 
Autor
Ruben
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1200
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.