antiqua alma

Telúricos somos nós, que entramos pela terra e pelo mar adentro, na sinfonia lexical do poema. Depois vem a mudança de ritmo, como se, trôpegos, parassemos para nos reequilibrar, e retomássemos a caminhada sôfrega, angustiados na procura do destino.E porque havemos de ter um destino trágico? Porque não haverá a esperança de reemergir incólome no esplendor das poéticas ondas. Porque não se assume antes, a poetisa, como nadadora-salvadora, redentora do seu próprio amor e do seu amado? Porquê não ir além da contemplação e não se aventurar, a nado,no esperançoso mar do génio poético?
Poderá ser, muito bem ser, que amplas portas místicas se estejam abrindo, por força dos músculos da renúncia.
Beijinho

Melzinha,

Mais um poema teu que classifico de soberbo.
Beijinhos
Nanda