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O daguerreótipo/El daguerrotipo

 
O daguerreótipo

Deixaste a guajira impúbere e exangue
Regada de láudano a ponto de ficar carcomida
Seu alarve e peralvilho magarefe!

O sabre que ela carrega ao peito
Denuncia o quanto marcial ficou o coração,
Hoje caminha cheirando o beijoim novo no ar
A inusitada mulher que caminha pelo páramo da tristeza
E dorme ao relento no seu catre de seda.
Os verdugos coniventes da sua morte, seres abjectos,
Estão na ubiquidade dos seus pensamentos
E nem a intempérie os apaga.
Pobre macerada que procura a sua inumação
Precoce em cada recanto
Tisnada criatura de Deus
Já se denotam os teus fogos-fátuos
A tua prostração antevê o teu espectro!

Desçam as suas preces para que possa descansar em paz…

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El daguerrotipo

Dejaste la impúber guajira exangüe
Regada de láudano al punto de quedar carcomida
¡Insolente y petimetre matarife!

El sable que ella lleva al pecho
Denuncia el cuanto marcial quedó su corazón,
Hoy camina oliendo a benjuí nuevo en el aire,
La inusitada mujer que camina por el páramo de la tristeza
Y duerme al relente en su catre de seda.
Los verdugos conniventes de su muerte, seres despreciables,
Están en la ubicuidad de sus pensamientos
Y ni la intemperie los apaga.
Pobre macerada que procura su inhumación
Precoz en cada rincón
Tiznada criatura de Díos
Ya se denotan tus fuegos-fatuos
Y la postración antevé tu espectro…

Recaigan sus preces para que pueda descansar en paz…

In Un poeta y seis musas, Trujillo - Perú

 
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luzgomes
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Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 31/03/2007 17:20  Atualizado: 31/03/2007 17:20
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 Re: O daguerreótipo/El daguerrotipo
Diferente, esta forma de escrever. Marcial, bruta e no entanto com muita poesia.

Valdevinoxis