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"O MARKETING DA GUERRA"

 
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"O MARKETING DA GUERRA"

Onde ele é mais amado
Há um constante pesar
Por não saberem onde ir
Para o poderem chorar
Ele que um dia…partiu
Para nunca mais voltar
Não sabia para onde ia
Nem quando iria chegar
Então não disse um lugar
Onde aqueles que o amam
O consigam reencontrar
E por fim o mar salgado
Possa, então, se agitar
E até então resignado
Em redenção rebentar
Apenas o que é preciso
Para a dor se amainar
Entre angústias negras
Um raio de sol entrar
Tentar de novo viver
P`los que estão a chegar
Lamber a longa ferida
Lancetá-la, cicatrizar
Mas onde ir procurar?

É infindo o seu penar
Esse que tem vela acesa
Dia e noite, sem se apagar
Recebe coroas de flores
Dia…e dia, sem cessar
Burlesco, homenageado
Por quem o vai visitar
Recebe sempre humilhado
O imponente militar
Talvez aquele mandante
Do que o mandou matar
Que solene faz um silêncio
Depois de o tambor rufar!
E entre a Conveniência
Do Solene e do Vulgar
Entre os Negócios da Paz
Longe da família, do lar
Jazem pequenos vestígios
Uma tíbia e um molar
Num grande Túmulo Polido
Sem um nome nem um sinal
Do corpo vendido e vencido
Até depois da sorte da morte
Do Soldado Desconhecido!


(Por Ana C./ Sob_Versiva)


NOTA - CONTUDO RESISTO, e continuo a acreditar no AMOR, mas os Negócios da Paz são tão mais hipócritas e cruéis que os da Guerra, porque se vestem bem, e matam mais lenta e discretamente!


ABRAÇO!!!
MARQUEMOS ENCONTRO NO REINO DA UTOPIA!



Esquece todos os poemas que fizeste. Que cada poema seja o número um.
*Mário Quintana*

 
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SOB_VERSIVA
 
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