Poemas, frases e mensagens sobre olhar

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre olhar

ainda é meu tempo de viver...

 
parti por não ter chão onde semear sonhos, cerro as palavras na boca, deixo-as na terra adormecida do meu âmago, talvez que as sementes germinem mais tarde em horas de saudade e, docilmente se entreguem em versos chorosos que embaciem os olhos, ou suspendam a tristeza e o vazio do tempo, e venham dourar o verde onde a minha esperança cresce... é verão, mas, estranhamente o dia é de penumbra a memória apaga-se lentamente e eu fico de morte ferida, mas ainda vivo, ainda é meu tempo de viver...exausta parti de mãos vazias, levo os desencantos, vou palmilhando o chão e levo por companhia a solidão, voltarei quando fôr lua cheia, se ainda fôr capaz de aprender a primavera, e as folhas em mim caídas voltem a reverdecer em meus sonhos, eu possa moldar de novo as palavras a meu jeito, e nada impeça que me tragam a promessa de ser gaivota na planície...com olhos de madrugada.

natalianuno
 
ainda é meu tempo de viver...

Atrás do Espelho

 
Atrás do Espelho
 
Atrás do Espelho
by Betha M. Costa

Muitas vezes eu adormeci em calma sobre um rio de lágrimas. Despertei com as mãos envoltas nas dores mais antigas e passei o dia com o olhar coberto de risos.

Por vezes ocultei a melancolia atrás do espelho do banheiro. Prendi ao guarda-roupa perfumado com cheiro do Pará uma ou duas esperanças ressecadas.

As tristezas cerzidas por grosserias, desrespeitos e achincalhes gratuitos, criaram teias de gelo nas minhas cordas vocais. Se pagas, elas me fariam mulher rica em adjetivos lançados ao rosto no propósito de machucar o âmago...

O silêncio tornou-se a minha resposta, pois perdi a noção do diálogo. Não tenho gosto em degelar palavras a quem não tem o interesse de bebê-las.

Muda. Comunico-me somente através do olhar com quem seja capaz e/ou sinta vontade de decifrá-lo.
 
Atrás do Espelho

“O doce enredo da lua” – Soneto - Duo

 
    “O doce enredo da lua” – Soneto - Duo
 
\\"O doce enredo da lua\\" - Soneto - Duo

Contei para a brisa e para um doce luar,
As coisas mais sagradas de meu coração.
Bordei minha lenda com os beijos do mar
E com todos os belos sentidos da paixão.

Imagens e saudades fizeram-me chorar
Pérolas em gotas em meu delicado chão.
Sozinha, lembrei de teu profundo olhar
Envolvendo-me em paz, flor e fascinação

Desnudei-me, levada pelo doce enredo da lua
Aos versos confessei toda minha insensatez
Senti entre as rimas, desejada paz, languidez

No contorno da alma, tatuada a imagem tua
Sinto a espuma das ondas, que meus pés acaricia.
Deixei-me levar, pela mão do mar,que tem pele macia.

Quartetos: Karla Bardanza
Tercetos: Glória Salles

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    “O doce enredo da lua” – Soneto - Duo

o peso dos dias...

 
o tempo vai tecendo suas teias
suga-me a memória e as ideias,
fico descuidada e só
girando nas lembranças
vêm a mim imagens ditosas
e desato mais um nó.
passa a brisa do salgueiro
o riso do amanhecer, o rio a correr
e tudo o que amanhece vive em mim
belo, assim, da vida para a vida.

meus olhos são bagos maduros
trago neles o peso dos dias
e o desassossego dum silêncio
ensurdecedor, no coração
o fogo retido dum grande amor.

afundo o olhar, para querer decifrar
o que ainda me sustém,
se o tempo sem memória
ou, o que ainda à memória me vem.

natalia nuno
 
o peso dos dias...

"Me calar, jamais"

 
"Me calar, jamais"
 
"Me calar, jamais..."

Quando vi que mansidão,com fraqueza é confundida.
E o portador da virtude,tem de tolerar prostrado.
Saí do meu silêncio e vim enfatizar que não temo
Esse Sistema frio, de despotismo infestado.

Ser vítima,não quero e não sou,em nenhum momento.
Faço da dor,meu próprio remédio,esse é meu exercício.
O tempo vai mostrar,aos desprovidos de sentimento.
Quem ignora a dor do outro,não merece sacrifício.

Entretanto,não vou dar palco,nem aplaudir jamais.
Quem se acha no direito,de manter o dedo em riste.
E nem discutir a nuance,da liberdade de expressão.
Com quem nem se dá conta,que somos todos IGUAIS.

Ando sem reconhecer as sutis e velhas estratégias
Dos que em lixos verbais,desvirtuam o que é arte.
A verdade não alardeia,e sem ruído se expressará.
O "lixo” ignoro,do meu repertório, não faz parte.

Declaro,que sancionei na minha vida um decreto.
Não me intimida quem vive nos becos,a bisbilhotar.
Porque “agir na sombra”, é o ato mais covarde...
E quem sente-se SUPERIOR,talvez deva se avaliar.

E como quem sopra, para aliviar a dor das marcas.
Quero “fazer a diferença”,transmiti-la pelo olhar
Não usar a poesia, para ferir quem quer que seja
E marcada,porém inteira,fico, porque AQUI é meu lugar!

Glória Salles
 
"Me calar, jamais"

“O momento certo...” - Soneto

 
“O momento certo...” -  Soneto
 
"O momento certo..." - Soneto

O momento era certo moço querido
E o tecer de palavras, num dia qualquer
O peito aberto, servindo como abrigo
No abraço concedido, toda paz que vier

O descanso contrito nutriu sem intenção
Mas deu alento ao andar pérfido e perdido
Olhar mavioso ao encontro do coração
Enigmaticamente cuidou do peito ferido

Mas confesso, não quero trocar figurinha
Quero o gosto indiscutível do corpo no teu
Nas veias a doce mistura do sangue no meu

Não quero só a lembrança, apenas uma “historinha”
Do filme que conhece, não tenho idéia definida
Quero só o afago sincero sem visão distorcida.

Glória Salles

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“O momento certo...” -  Soneto

*Oceanos de Olhares*

 
*Oceanos de Olhares*
 
Foram oceanos de olhares,
Por onde os meus olhos navegaram…
E se debateram contras as ondas dos demais,
Envoltos nas sombras salgadas mergulharam,
Nos sonhos de contemplares, eles brotaram…

Para lá das águas cristalinas desvendaram,
Esses mesmos olhares que continham mais da expressão,
Onde muitos em tempos naufragaram…
Mas que não se aventuraram para achar a canção,
Que lhes definia o brilho da emoção…

Sim! Foram oceanos de olhares,
Os que navegaram para lá da minha e da tua solidão,
Estimulados pelas pedras de sal que caiaram,
Embalados com os ventos que lhes afagavam o coração,
Presos ao cântico que os consumia em implosão…

Para lá das mesmas águas cristalinas estão as almas,
Que nesses mesmos olhares os meus olhos avistaram,
Num reflectir de sonhos,
Os demais encantaram,
Nas águas que caiaram…

Marlene

Read mora: http://ghostofpoetry.blogspot.com

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São imensos os olhares que nos cruzam...
Neles há sonhos em cada brilho.

Abraços e Felicidades.
 
*Oceanos de Olhares*

Ah! Esse teu olhar...

 
Ah! Esse teu olhar...
 
Ah! Esse teu olhar...
Que penetrou o meu ser
Percebi algo a me revelar
Como a chuva fina no amanhecer.

Ah! Esse teu olhar...
Em uma foto que eu encontrei...
Fez-me muitas coisas lembrar
E lágrimas eu derramei.

Ah! Esse teu olhar...
Que vagueia em busca de sonhos
Foi ele que me ensinou amar
Inspiração dos versos que componho.

Ah! Esse teu olhar...
Que desvenda meu segredo
E que um dia fui me apaixonar
Esquecendo- me do medo.

Vejo-me refletida neste teu olhar
Desde o dia que me apaixonei
Segredo que ninguém vai desvendar
Mas eu sempre te amei.

Ah! Esse teu olhar...
Que chegou de mansinho
Fez-me em sonhos embalar
Mas me deixou sem carinho.

As mais belas frases de amor são ditas no silêncio de um olhar.

Paulo Coelho
Never Thought That I Could Love-Dan Hill
 
Ah! Esse teu olhar...

"Prisão desejada" - Soneto

 
"Prisão desejada" - Soneto
 
"Prisão desejada" - Soneto

Ele chega imperceptível, sorrateiro.
Envolve-me assim, lenta e mansamente.
Abraça meu corpo, toma-o por inteiro.
Olha-me, com o olhar mais envolvente.

Como sopro da manhã, num arrepio.
Deixa-me zonza, totalmente perdida.
E a esse amor que é minha lei e desvario.
Deixo-me conduzir, feliz e seduzida.

O que mais queria em teus braços estar.
Sussurra a vontade do ardente beijo.
Chove em minha seara, esse insano desejo.

E se desse louco abraço, luto tentando escapar.
Então o coração domina, fazendo-me muda.
E tudo o que quero, é ser mesmo absurda.

Glória Salles
 
"Prisão desejada" - Soneto

"Incisiva"

 
"Incisiva"
 
"Incisiva"

Não sabe administrar os vácuos.
Menos ainda trabalhar as perdas.
Nesse deserto, os oásis são áridos.
A luz do olhar, não mantém acesa.
Rascunha idéias que ficam no papel
São espectros de versos concretos
Desejos paridos em prosa poética
Pelo manto prata da lua, cobertos.
E assim, absurdamente fora de tom.
Por hoje desiste de tentar entoar.
Guarda na gaveta todas as frases
Deixa só a figura de linguagem falar.
Quem sabe amanhã, o cinza vira azul.
Abre a gaveta, onde aprisiona a poesia.
Solta as palavras, deixa o amor voar.
E vai com ele, nas asas da fantasia.

Glória Salles
 
"Incisiva"

O brilho do teu olhar

 
O brilho do teu olhar
 
Estas no mais profundo de meu ser
No eco do silencio que me invade
Em teu olhar entreguei meu viver
Neste brilho que me deu felicidade.

Como mágica veio e me envolveu
Invadindo completamente meu coração
Agora os meus desejos são teus
E longe de ti só encontro solidão.

Aquele amor que um dia declarei
Vive ainda em minha lembrança
Você é a pessoa que mais amei
Delírio de sonho e esperança.

Fecho os olhos para a tristeza
Que insiste em não me deixar
Deste brilho guardo uma certeza
Que nunca deixarei de amar.

The Carpenters - Make believe it_s your
 
O brilho do teu olhar

"Fome de você"

 
"Fome de você"
 
"Fome de você"

O meu corpo te espera, boca pedindo a tua
Te olho, provoco, quero tua alucinação
Teus olhos dizem "sim", quero sua loucura
Os delírios de teu prazer, sob teu corpo estão.

Olhando-me com fome cego, e quente...
Desafogando as vontades e minhas fantasias
Faz de mim sua loucura, dá todo teu êxtase.
Porque agora, minhas vontades são tuas...

Então mergulha teu corpo, mata nosso desejo.
Invade meu corpo febril, úmido e já desnudo.
Quero tua boca, a saliva, a textura do beijo.
Gestos ousados, atrevidos, nos deixando mudos.

Cada parte de mim, mostra que te cobiça.
Quer te ver alucinado, perdido de prazer.
Nas ondas das minhas curvas, tua delicia.
E nua nos meus lençóis, vem, quero te ter.

Corpos nus se entranhando, loucos, se tocando.
Movem-se cadenciados, desvendando cada trilho.
Bocas enlouquecidas, mãos, pernas se enroscando.
Sangue fervendo nas veias, prazer em estribilho.

Despudorada e louca, dou-me só pra você moço...
Olhando nos teus olhos, enquanto te sinto em mim
E alucinada,insana,contorcendo em gemidos te ouço.
Vem agora moça que eu amo, vem... Explode em mim.

Glória Salles
 
"Fome de você"

Quero esse tempo

 
Quero esse tempo
 
Pele tostada
Corpo aquecido
Sol dourado
Tempo esquecido
Quero esse tempo
Murmúrio do mar
Água salgada
Quero esse tempo
Mar em movimento
Corpo moreno
Com olhar esverdeado
Quero esse corpo
Ah como te quero!
Tempo de ser amado.

Nereida

https://novanereide.blogspot.com
 
Quero esse tempo

“Forte presença” - Soneto

 
“Forte presença” - Soneto
 
“Forte presença” - Soneto

Na penumbra do quarto ainda vejo o vulto
Da noite engolida pela densa madrugada
Fragmentos da musica que embalou o culto
Nessa cama, altar, onde fui endeusada

Estranha lucidez, das frestas da vidraça o lume
Etérea, ainda lânguida, recuso-me a despertar
O corpo ainda guarda o gosto, tem o perfume
Dessa paixão que os nós do pudor fez desatar

A luz que agora ofusca ecos do sentimento
Daquilo que em mim ficou, depois da partida
Dominante presença, fortemente sentida

Do olhar dentro do olhar, guardo o momento
Desse olhar intimo que só nos entendemos
A cama desfeita, vestígios do que vivemos...

Glória Salles
 
“Forte presença” - Soneto

O mar no meu olhar

 
O mar no meu olhar
 
Escuto o sussurrar do mar
Segredando segredos inaudíveis
Como uma carícia humedecida
Afagando o calhau vivo da praia
Num vaivém ternurento de prazer

E eu que faço?

Banho-me nessas ondas espumosas
Onde mergulho sem temor
Consciente da época invernal
Que importa

Em murmúrios flamejantes
Dispo-me das sombras enegrecidas
E visto-me do soalheiro do sol
Brilho ameigada pela quietude
Dessas águas cristalinas
Da ardência do meu sol
Cintilando em céus límpidos
Em melodias sensoriais
Em corpos vestidos de amor
Perco-me na imensidão de sentires
Feliz de ser o que sou
De usufruir das ondas e do sol
Desta minha ilha seduzida
Por ti.... praia idilica

Onde o horizonte longinquo
É a quimera do meu sonho de mulher

Escrito a 13/12/08
 
O mar no meu olhar

"Tantas de mim"

 
"Tantas de mim"
 
"Tantas de mim"

Às vezes sou precisa como bússola.
Em outras, me perco na vastidão de mim.
Às vezes sou asas imensas.
Em outras, sou chão, raízes firmes.
Às vezes sou âncora segura.
Em outras, um barco a deriva.
Às vezes sou olhar calmo e sereno.
Em outras, todo o espanto nos olhos.
Às vezes, taxativa sou ponto final.
Em outras, um mundo de reticências.
Às vezes, sou o doce do (re) encontro.
Em outras, o amargo sabor da saudade.
Às vezes, a calmaria de águas plácidas.
Em outras, a ferocidade do mar revolto.
Às vezes, sou céu azul e límpido.
Em outras, sou chuva torrencial.
Às vezes, sou cores vibrantes.
Em outras, uma soturna palidez.
Às vezes, sou musica contagiante.
Em outras, abissal silencio se faz.
Às vezes, sou inteira.
Em outras, sou fragmentos.
Às vezes, sou trovas, rimas, e cantos.
Em outras, me calo...
E deixo o silencio falar...
 
"Tantas de mim"

"Amor de folhetim" - Soneto

 
"Amor de folhetim" - Soneto
 
"Amor de folhetim" - Soneto

Chegou de mansinho como uma brisa.
Olhar doce que me esquadrinhou.
No silencio que se fez, ouvi tua fala.
E nos versos do meu poema caminhou.

No contorno da tua boca me perdi.
No sorriso que me farta e enlouquece.
Abandonei-me nesse abraço sem lembrar.
Que sempre se vai, parece que me esquece.

Escorrega, feito papel em ventania.
Então, sobram entrecortadas falas.
Num silêncio abissal, que se instala.

Espera massacrante, são meus dias.
Tua ausência desfia laços em mim.
Porem quero esse amor de folhetim.

Glória Salles
 
"Amor de folhetim" - Soneto

Olhares impudicos

 
Olhares impudicos
 
Quando nossos olhares se cruzam
Falam tudo o que não conseguimos dizer
Fazem o que não ousamos fazer
Tacteiam os sentidos,desnudam nosso ser
Amordaçam os sons alheios
Esmagam o rasto ubíquo da pudicícia
Mostram o que guardamos
No mais recôndito da alma
Assim,quando nos olhamos..
 
Olhares impudicos

O brilho do teu olhar

 
O brilho do teu olhar
 
Em pensamento me transportei há você
Queria pegar tua mão e sair por uma estrada
Sair de cara lavada sem medo da multidão.

Olhar bem dentro dos teus olhos
Sentir -me protegida pelo brilho
Intenso que acaricia todo meu ser.

Teu olhar,tua boca,no delírio
Dos teus olhos,fico louca.

No embalo do teu coração
Consigo expressar minha emoção.

Este teu jeito de me olhar
Entreolhar e desejar
Deixa-me ousada e arrepiada.

É possivel saber o que pensas
Somente te olhando
É possivel ver que desejas
É possivel ver que me queres só pra ti
É possivel que eu veja como você me protege.

Vigia-me,persegue-me
Somente com teu olhar...

E quando encontra o meu então...
Ninguém pode segurar
Ninguém irá afastar
Ninguém irá me tirar.

Esse sentimento que cultivei
E todas as vezes que te beijei
Te abracei, serás pra sempre
Guardado na minha lembrança.
 
O brilho do teu olhar

"Quietude"

 
"Quietude"
 
"Quietude"

Longa noite se pronuncia...
Silêncio que traz o grito sufocado.
Ecoando como a corda tensa
que vibra os sons.
Pensamentos desconexos.
Povoados por palavras sem sentido.
Flutuam como meu anseio...
De ouvir dos teus passos, o eco.
Desnudo-me de qualquer preconceito
Lanço fora todos os medos...
Para te ver caminhar em minha direção.
Procuro o fio condutor,
que me levava e te trazia,
e nos mantinha ligados.
Por certo se rompeu
E se desfez como nuvens à menor brisa.
O mesmo se dá com as horas...
Passam alheias,
zombam da minha letargia...
Os desejos, o sentimento,
ainda vivem aqui
Epiderme do meu sentir...
Olhar fixo nos sonhos.
E nos seus olhos,
Que buscam outra direção...
E hoje será assim
A musica que ouço é o silêncio...
Quietude.
 
"Quietude"