Descanso a tristeza, acredito no amor, estarei atento
Aos sinais…Esperançoso em tudo, em nada, em tanto
Cativado em sonho, atiro-me ao seu único encanto
Sei que trará mais atiçada alegria a meu pensamento
Quero viver do amor, a cada eterno momento
Quero escrever, tornar os poemas num canto
Esquecer a tristeza, rir do meu efémero pranto
Lavar a alma no vindouro contentamento
Quem sabe assim me exponho, e me encontra
Como quem vê um livro numa montra
E me leia até ao fim quem me ama
E possa assim entender o amor que lhe guardo
Descanso a tristeza, nos sonhos que a ternura afama!
Encho-me de esperança, luto, sem ser nunca cardo…
Paulo Alves