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Casa deserta

 
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Quem vê esta casa quase abandonada
Sozinha e deserta à beira do caminho
Não sabe que outrora ela foi povoada
Por noivos que viviam aos mil carinhos

Hoje se parece a uma fúnebre morada
Já não há nem um traço de carinho
E na hora do romper da madrugada
Não se houve o trinar d'um passarinho

Assim como minha vida, estava repleta
De muitas esperanças e de mil amores
Hoje se encontra como o Saara, deserta

No jardim, onde outrora lindas cores
De muitas rosas e dezenas de colibris
Há somente espinhos em vez de flores

jmd/Maringá, 20.01.09


verde

 
Autor
João Marino Delize
 
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Enviado por Tópico
ângelaLugo
Publicado: 20/01/2009 18:53  Atualizado: 20/01/2009 18:53
Colaborador
Usuário desde: 04/09/2006
Localidade: São Paulo - Brasil
Mensagens: 14852
 Re: Casa deserta p/ João Marino Delize
Querido amigo João

Teu soneto está maravilhoso e por
isso vou guardá-lo comigo...
Parabéns!

Beijinhos no coração

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/01/2009 22:19  Atualizado: 20/01/2009 22:19
 Re: Casa deserta
João,
Gostei muito do poema.Não sei porque sinti no teu texto - ainda que pareça triste- certo humor negro ou ironia.Deve ser coisa da minha cabeça e roubando a frase do Chicó: - Não sei… Só sei que foi assim!
Bjins, Betha.