Poemas -> Reflexão : 

««Nas tuas mãos««

 
Open in new window


Artesão que brincas com as cores
Que nos transportas a um mundo de magia
As tuas mãos transpiram, graça, esplendor
Moldam o barro com garra, energia

O mundo te olha mas não vê tuas dores
Vives tal caco de barro, nas jóias que crias
Assim vais deixando pedaços de amor
Tormentos da vida que abraçaste um dia

Peças de barro, cortiça, madeira
Saberes de outra era deste Portugal
Esculpidos em vidro, ouro, cerejeira

Saem de mãos sábias tal um roseiral
De rosas brancas cravadas nas ribanceiras
Pelas mãos de Malhoa, numa tela irreal

Antónia Ruivo


Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.

Duas caras da mesma moeda:

Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...

 
Autor
Antónia Ruivo
 
Texto
Data
Leituras
1027
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
6 pontos
6
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
adelaidemonteiro
Publicado: 17/02/2009 22:29  Atualizado: 17/02/2009 22:29
Colaborador
Usuário desde: 01/01/2009
Localidade: miranda do douro/Sintra
Mensagens: 733
 Re: ««Nas tuas mãos««
Muito bonito o teu poema.
Eu adoraria saber trabalhar o barro; é uma das coisas que ainda quero aprender.Para arranjar bom mestre, se calhar só no Alentejo.
Beijo, Antónia.


Enviado por Tópico
Renata
Publicado: 17/02/2009 22:32  Atualizado: 17/02/2009 22:32
Super Participativo
Usuário desde: 14/02/2009
Localidade:
Mensagens: 138
 Re: ««Nas tuas mãos««
Belo, enternecedor.
A mim transtorna-me que se esqueçam
os nossos costumes e as nossas tradições!
gostei muito, alentejana


Enviado por Tópico
AnaCoelho
Publicado: 18/02/2009 18:54  Atualizado: 18/02/2009 18:54
Membro de honra
Usuário desde: 09/05/2008
Localidade: Carregado-Alenquer
Mensagens: 11253
 Re: ««Nas tuas mãos««
E como são belas as peças que saem de tão belas mãos , assim como das tuas sai linda poesia.

Beijos