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Poemas
:
11.º de um ciclo Bocageano
Mísera vida sinto que vivi,
Mas minha foi, não outra que não esta
Que em versos por moeda, copo ou festa,
Ou por sátira ou lágrima escrevi.
E foi este o Bocage que revi
Em cada espelho ou página funesta,
Mesmo quando o olhar fugia pela fresta
Da fria cela, era o Eu o que senti.
Sou Bocage, o poeta que verseja,
Que troveja, que grita sem parar,
Que soube que entre dedos foge à Sorte.
Bocage serei, mesmo que não seja,
E escrito o deixe, quando me deitar
No leito amargo e fétido da Morte.
Xavier Zarco
www.xavierzarco.no.sapo.pt
www.xavierzarco.blogspot.com
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Xavier_Zarco
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18/02/2009 00:15:33
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Sob epígrafe de Manuela Fonseca
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Enviado por
Tópico
visitante
Publicado:
18/02/2009 00:45
Atualizado:
18/02/2009 00:45
Re: 11.º de um ciclo Bocageano
Encontrei o Manuel Maria por baixo do copo de aguardente na mesinha do quarto.
Agora li o teu 11 poema.
Bom o melhor será ir dar uma queca.
Vai ser uma noite negra.
Bem haja poeta Xavier.
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