Textos -> Amor : 

Um diálogo

 
Me dissestes:
Vejo tudo de ti, e te imagino
mas não posso te tocar...
Perguntei:
Por quê não nos esquecemos?
Me respondestes:
Não consigo, mas se tu queres; que remédio tenho eu ...
Também não consigo te esquecer...
Me amas de verdade?
Sempre te amei, mas para ser feliz
precisava de ti ao meu lado
Então, ficamos assim:
Eu aqui pensando em ti e tu aí pensando em mim...
Até quando?...
Me dissestes:
O amor morre se não o alimentarmos todos os dias...
Eu sei... O nosso ainda é uma minúscula plantinha
brotando no meio do nada.
Por quê será que ainda não morreu?
Não temos lhes dispensado os cuidados necessários
pois se encontra “fora” do alcance de nossas mãos
Então por quê se mantém vivo?
Por quê não definha de vez até secar...virar pó e
ser levado pelo vento?
Quanto ao remédio, deve haver algum... (alguém...)
acho que entendes mais de paliativos do que eu...é tua área
Mas, suponhamos que o amor seja como um câncer
que corrói por dentro...teria cura?
E se estiver sendo alimentado pelo silêncio das
palavras presas na garganta,
dos gestos contidos pelo vácuo
ou pelos olhares perdidos no horizonte,
com um tênue fio de esperança...


Menina do Rio

 
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Menina do Rio
 
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