Poemas, frases e mensagens de FernandoTeixeira

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de FernandoTeixeira

Pinóquios engravatados

 
Pinóquios engravatados
 
Reza a história,
Que o pobre,
Pouco ou nada come.
E aceita-se esta realidade,
O assunto cai no esquecimento.
Até que alguém morre,
Na imprensa tinta corre,
Faz-se um drama mundial.
E aqueles que culpados são,
Ficam pasmados e espantados,
Desconhecendo a razão,
Para tal situação.
Fingem bem esses pinóquios,
Licenciados e engravatados,
Que com faro para o dinheiro,
Governam o nosso Estado.
É preciso alguém bater com a porta,
É preciso alguém dizer BASTA.
Chegou a altura de ajudar,
Pois não falta quem apoiar.
Está na hora de mudar,
Pensamentos e mentalidades.
Está na hora de acabar,
Com as mentiras e as falsidades.
Esses espantalhos que assumam,
As mortes que causaram.
Esses espantalhos que declarem,
A fome que provocaram.
Só espero que não seja tarde demais,
E que ainda se vá a tempo de solucionar,
Este problema que teima em alastrar,
E que parece nunca mais acabar.

Fernando Teixeira
21.01.11
 
Pinóquios engravatados

Amante do sofrimento

 
Amante do sofrimento
 
Nos pesadelos me assumo,
Como um eterno sonhador.
Uso memórias e histórias,
Recordações inglórias,
Para com elas sofrer.
Sou masoquista nato,
Controlo os meus pensamentos,
Cataliso dor e desconforto.
Movo e teletransporto,
Assombram-me a noite,
Pesadelos de morte.
Sou um ser interessante,
Mas deveras inquietante.
Confuso e inseguro,
Amante do sofrimento,
Desvendo e procuro,
A minha quimera estonteante.
Obsessivo me chamam,
Supostamente sem sentimentos,
Mas aí é que se enganam,
Pois sinto…
Sinto fúria e adrenalina,
Vivo a vida ao máximo
E necessito de me pôr em risco.
Loucura?
Há quem diga…
Mas eu apenas me considero
Como alguém ilógico e único,
Um eterno sonhador!

Fernando Teixeira
 
Amante do sofrimento

Instinto Animal

 
Instinto Animal
 
De unhas e dentes me assumo,
Um animal inconsolado.
Incontrolável ser,
Psicopata a meu ser.
Protagonista nos pesadelos,
Ausente nos sonhos.
Anseio tudo o que não tenho,
Desprezo tudo o que obtive.
Insaciável criação
Sem vergonha ou compaixão
Sem qualquer tipo da emoção.
Defensor do individualismo,
Sou um profissional nato
Na arte do fazer sofrer.
Sou fruto de um projecto inacabado
De um qualquer génio reformado.
E de tanto te amar e desejar,
Só me resta tentar
Conseguir-te proteger,
Da fúria do meu ser
E da loucura do meu olhar.
 
Instinto Animal

Porto, a minha cidade

 
Porto, a minha cidade
 
Eterna a minha cidade,
Invicta desde a sua existência.
Leal e corajoso,
Fiel à pátria é este povo.
Abençoada seja a minha terra,
E que uma vénia se empregue,
Assim que do Porto se recorde.
No norte do país,
Respira-se amor e felicidade.
São a alma de Portugal,
Sorriem à precariedade.
Com garra e ambição,
Ultrapassam qualquer situação.
Faça sol ou faça frio,
O país defendem sempre com brio.
Então não que louvar,
Quem Portugal teima sempre honrar?
Há que reconhecer, canonizar e agradecer.
Gentes do trabalho e do labor,
Têm intacto o seu valor.
Lágrimas percorrem o meu rosto,
Livremente sem oposição.
São lágrimas de saudade,
Escorrega-me a caneta da mão.

Fernando Teixeira
18.01.11
 
Porto, a minha cidade

Quem sois vós?

 
Quem sois vós?
 
Percorres o pântano,
alheia aos perigos presentes nessas águas,
águas impestadas de criações da Natureza,
com o objectivo de matar e aniquilar.
Por eles passas sem nenhum se mover,
inertes perante tamanha beleza,
com que vestes o teu caminhar.
Vestida com um manto branco,
contrastando com os teus longos cabelos negros,
de passos suaves e sensíveis,
leves como uma pena.
Vagueias por águas pantanosas,
quase sem no chão tocar,
como levitando sobre essa zona,
outrora impossivel de alcançar.
Uma música de fundo surgiu então,
grave e forte como os acordes de um piano,
com um tom de melancolia e atracção.
A natureza morta em teu redor,
alimenta-se da tua alma,
espelhando-a na água,
limpida e pura reflectindo a Lua Cheia.
Ouvem-se uivos e ruidos,
cresce um sensação de temor e instabilidade.
Mas tu como que inconsciente,
permaneces distante desta realidade,
como se num coma mental e de total liberdade.
Estarei eu num sonho estranho e ambíguo?
Fico confuso e de algum modo indeciso,
tento ajudar-te, chamar-te e salvar-te,
mas tu não me ouves...
Existe uma barreira entre nós,
mulher enigmática quem sois vós?

Fernando Teixeira
 
Quem sois vós?

Meras recordações sem sentido

 
Meras recordações sem sentido.....
Restos de momentos passados.
Apenas sobras de um amor acabado,
de um coração abandonado.
Percorro a calçada em busca de um sinal,
um sinal de esperança,
alegria,
felicidade,
a garantia de que nunca acabe.
Mas enquanto o sinal não aparece,
por dentro a minha alma apodrece.
Cheia de ódio, vingança e crueldade,
esperando ansiosamente um momento de insanidade.
São sentimentos que me consomem,
que me matam e destroem.
Procuram apenas situações de fragilidade,
usando-se da minha dor,
dor de um coração amargurado.
Santificado seja eu,
para sobreviver à folia de emoções em que encontro,
à confusão que se instala em mim,
às dúvidas que me perseguem,
sem dar tempo para um simples suspiro.
Recordo-me de ti dia e noite,
noite e dia,
sempre com o mesmo olhar sarcástico e de desprezo.
O olhar com que me rejeitaste,
o olhar que lançaste a quem nunca amaste.
E eu enfeitiçado sem nunca ter reparado,
que a nossa relação não era nada mais que uma guerra de interesses,
uma guerra na qual tu havias vencido,
sem concorrentes à altura do teu coração,
negro e sem compaixão.
E eu guardo estas memórias,
mesmo sabendo que és tu a culpada,
a causa do meu sofrimento,
a razão do meu desalento.
Mas são elas a única ligação que contigo tenho,
uma vez que me deixaste quando te fartaste
de me usar a teu belo prazer,
que não mais de um capricho poderia ser.
Tenho de te esquecer,
liberta-me destas memórias explosivas,
que me causam repúdia,
e me fazem querer desaparecer,
e não lembrar que tu sequer exisitiste.
Deixa-me,
retira-te do meu pensamento,
pois para mim,
passarás a não ser mais que um simples tormento.
 
Meras recordações sem sentido

Só mais um copo de absinto

 
Lágrimas de dor,
espelho de minh'alma,
destruida e enfraquecida.
Corrompida por mais um copo de absinto,
que me faça esquecer
todo o mal que por dentro sinto.
O ardor no peito,
restos de um coração despedaçado,
vitima de um amor condenado.
Condenado ao fracasso,
à inglória, ao insucesso...
O desespero por mais um gesto.
Nem que um abraço de espedida,
que me dê uma certa garantia,
um momento de magia.
A renovação da saudade,
a esperança de que nunca acabe.
Recosto-me a um canto,
numa sala vazia,
maior desde que partiste,
enorme desde que sumiste.
Caio na tentação,
álcool percorre a minha garganta seca,
queimando memórias perdidas,
limpando recordações sentidas.
Apodera-se de mim a noite,
voltando apenas na renovação de mais um dia,
numa manhã negra e fria,
que do Inverno emerge sombria.
Pontadas fortes no cérebro...
Quem sou eu? Que fiz eu?
Passado que jaz na memória,
que um dia voltará do esquecimento,
cheio de mágoa e recessentimento.
Mas que por agora está escondida,
à espera do momento certo para o seu renascimento.

Fernando Teixeira

Para mais

www.teoria-ancestral-escrita-proibida.blogspot.com
 
Só mais um copo de absinto

Sussuraram-me ao ouvido a palavra amor

 
Ouço teus passos,
Leves como asas de anjo.
Percorres o mundo sem se ver,
Sem ninguém dar por ti.
Emerges nua do mar,
Quimera estonteante.
Com beleza infinita percorres as ruas,
Ruas que em tempo foram nossas.
Ainda com alguma essência de dor e saudade,
Recordações percorrem o íntimo de alguém,
Que sofre pelo que já passou,
Pelo que o vento já levou.
Escassos zumbidos sussuram-me ao ouvido,
Escuto e compreendo que não passam de memórias,
Memórias difíceis de lembrar,
Conversas tidas à beira-mar
Por um casal apaixonado.
Trocam votos de paixão, amor e devoção,
Dignos de um romance,
Ou da estreia de um filme de Hollywood.
Ternura percorre os olhos de ambos,
Deixando-se levar pelos lábios do companheiro.
Sedução, louca ilusão,
De dedos entrelaçados percorrem a Avenida dos Aliados.
Pombas esvoaçam entre os dois,
Deixando-se levar pela tença harmonia no ar.
O correr da água nas fontes,
O piar das aves,
Os passos apressados de empresários,
Naquele dia tudo fazia sentido,
Pois todos estes pequenos pormenores
Se cruzavam por engano,
E mostravam que o amor,
Nunca havia partido.
 
Sussuraram-me ao ouvido a palavra amor

Larguem as canetas, pousem os microfones...

 
O amor é algo inexplicável,
uma folia incontrolável.
Consegue levar ao cúmulo,
ao ridículo,
ao desespero,
a cometer apenas mais um erro…
Mas quem sou eu?
Quem sou eu para fazer entender algo tão complexo?
Eu que nada sei, eu que nada entendo,
eu que não sou mais que um simples mundano.
Deixai-me sonhar e manter os meus ideais,
deixai-me acreditar que o amor é puro e tem sentido.
Desculpem a ignorância das minhas palavras,
mas muitas vezes é melhor assim.
Antes não ver que sofrer…
O amor provoca ânsia,
nervosismo,
e até pode levar uma pitada de cinismo…
A angústia da espera,
a felicidade dos momentos,
a esperança no futuro.
Quando é o nosso coração que pensa,
e toma todas as decisões,
libertando as suas emoções.
Há quem cante, há quem escreva,
mas ninguém entende o amor,
apenas o sente intensamente,
e pensa que lhe pode fazer frente.
Enganados estão os que assim acham,
pois o amor é uma força superior,
que nos deixa sem fulgor.
Então larguem as canetas,
pousem os microfones,
e prestem atenção ao que é realmente importante.
Fechem os olhos e compreendam,
que o amor é mais do que isso,
é simplesmente um rebuliço,
e um descontrolo sem sumiço.

Para mais:

www.teoria-ancestral-escrita-proibida.blogspot.com
 
Larguem as canetas, pousem os microfones...

Pensar (citação)

 
Pensar (citação)
 
"Pensar representa um acto que nem todos conseguem praticar, pelo menos no sentido literal e total da palavra"

Fernando Teixeira
 
Pensar (citação)

Poesia Abençoada

 
Escrevo um poema,
a tinta da caneta borra o papel.
Cai uma lágrima,
vira-se uma página.
Louco de emoção,
abro o coração...
Deixando tudo fugir,
mesmo o que tentei encobrir.
Escrevo mais um verso,
do tamanho do universo.
Percorre-me uma recordação,
mais uma palavra se desenha em vão.
Acrescento ritmo e dedicação,
das palavras nasce uma canção.
Poesia abençoada,
que liberta mentes e corações,
purificando pensamentos e desilusões.
Desisto ou deixo para amanhã,
o tempo avança e não espera.
Risco e escrevo por cima,
como um pintor que retoca a sua obra,
acrescentando um ponto ou uma rima.
Coloco um ponto,
concluo a obra final.
Pois quando tudo acaba,
não sou mais que uma pessoa normal.

Fernando Teixeira
 
Poesia Abençoada

A Minha Imperatriz

 
Passas por mim e não me vês,
Dia após dia continuadamente.
Eu sou a sombra do teu andar,
Tu és a razão de eu aqui estar.
Permaneço imóvel a um canto,
Colado à fria calçada portuguesa,
Na esperança que um dia,
Repares na minha presença.
Sou apenas um pobre mendigo,
Faço das ruas minha casa.
Já tu de uma beleza estonteante,
Dama de Copas envergando um vestido vermelho brilhante,
De salto-alto passas dominante,
Alheios aos admiradores que deixas por diante.
Um amor proibido,
Apenas por mim sentido,
Por todos os outros desconhecido.
Um amor profundo,
Vindo de um ser imundo,
Tu és dama e eu vagabundo.
Bela e formosa caminhas pela rua,
De perfume suave vestes a cidade,
Aquecendo o Inverno que por estas horas emerge.
Tu única,
Eu assombro,
Vivemos a história da Bela e do Monstro.
Um amor complicado,
Um final feliz,
Quando tudo acabar,
Coroar-te-ei Imperatriz.

Fernando Teixeira
 
A Minha Imperatriz

O meu vício de ti

 
Chegas-te sem avisar,
Entras-te pela porta do presente e instalaste-te no destino.
Destino esse que delineaste com perfeição,
Deixando-me submisso, sem espaço a qualquer ilusão.
Esse olhar forte e poderoso,
Ao mesmo tempo doce e sincero.
De curvas perfeitas te assumiste,
Uma musa que se ergue dos mares, imponente e atraente.
Do risco assumido ao desejo incisivo,
Louco por ti, já nem sei o que digo.
E se agradeço por todos os dias te ver,
Massacro-me por o fazer e não te ter.
Um desafio constante à minha capacidade,
Um fruto proibido que anseio à primeira oportunidade.
Deixaste-me atraído e sem reacção,
Deste cor ao meu mundo e calor ao meu coração.
Uma droga para mim à qual não resisto,
Um vicio que cresce sem limites ou imposições.
Estou preso a ti não por mero acaso ou divertimento,
Sinto-me tão ligado que sobrevivo à base deste estado.
Fica comigo para a eternidade,
Não te posso prometer o céu mas comprometo-me com a felicidade.
 
O meu vício de ti

Existir

 
"Penso que existo mas desconheço o significado de existir..."

Fernando Teixeira
 
Existir

Serei o mestre e o aprendiz

 
Serei o mestre e o aprendiz
 
Quem sou eu?
Neste mundo oprimido e narcizista,
Sem liberdade de opinião,
Sem lugar para um artista.
Onde desenharei eu minhas palavras?
Onde poderei eu libertar meus pensamentos?
Preciso de partir,
Encontrar o meu lugar,
Descobrir o meu próprio canto,
Descobrir o meu encanto.
Aí sim entoarei bem alto,
Minhas ambições e desilusões,
Factos e constactações.
Aí sim serei livre,
E farei o que quiser.
Aí voltarei a ser feliz,
Farei o que nunca fiz,
Serei o mestre e a aprendiz.

Fernando Teixeira
 
Serei o mestre e o aprendiz

Asas de anjo, toque profundo

 
Asas de anjo, toque profundo

Teoria Ancestral

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Asas de anjo percorrem o teu corpo nu. Desprovida de roupa e qualquer outra veste recostavas na praia mirando a orla branca das ondas embatendo contra as rochas intocaveis situadas entre ti e o mar. Asas leves, finas, puras representando a paixao antigamente por nos sentida. Nao que tenha esquecido. Continuas a habitar todos os meus sonhos e a residir em todos os meus desejos. O passado persegue-me deixando um rasto de guerra, de lutas desnecessarias. E visivel o sangue perdido, as lesoes sofridas e as almas perdidas. O teu corpo belo tal como te colocaram no mundo. Labios finos, chamando um beijo, uma tentaçao a que resisto. Curvas delineadas como cetim, aumento o charma que te reveste. Mas algo nao visivel, a tua beleza salta a vista quando falas e jogas como as palavras deixando olhos postos em ti. O sangue percorre as rochas que te impedem a passagem ao vasto oceano. Rochas que significam o obstaculo entre nos. Um fio fragil que nos atravessa impedindo-nos de contactar. Olhas o mar vendo a natureza no seu auge, batendo com todas as suas forças. Mas de tudo o que sentimos nada sobra se nao recordaçoes e memorias levadas pelo vento.

Fernando Teixeira
 
Asas de anjo, toque profundo

Solto gritos de agonia

 
Mergulhado na solidão,
Solto gritos de agonia.
Fechado e enclausurado.,
Quase como um acto de delírio,
Os punhos vão de encontro aos vidros,
Baços e ofuscantes,
Lançando um brilho estonteante.
Estilhaços voam pelo ar,
Penetrando a minha pele morena.
Mas no lugar do que devia ser uma fenda de fuga,
Surgiu aço,
Impossível sequer de riscar.
Como posso eu escapar ao meu próprio pensamento?
Libertar-me destes enlaces,
Cruzados pela loucura que de mim se apodera.
Não consigo,
Não consigo resistir ao estado de demência,
Enfraquecido por meses de insistência.
Deixo-me levar pela eterna melancolia,
Encostado à parede fria.
E apenas quando este nó se soltar,
E eu me puder finalmente movimentar,
Poderei voltar a sonhar e idealizar.
 
Solto gritos de agonia

Só mais um copo de absinto

 
Só mais um copo de absinto
 
Lágrimas de dor,
espelho de minh'alma,
destruida e enfraquecida.
Corrompida por mais um copo de absinto,
que me faça esquecer
todo o mal que por dentro sinto.
O ardor no peito,
restos de um coração despedaçado,
vitima de um amor condenado.
Condenado ao fracasso,
à inglória, ao insucesso...
O desespero por mais um gesto.
Nem que um abraço de espedida,
que me dê uma certa garantia,
um momento de magia.
A renovação da saudade,
a esperança de que nunca acabe.
Recosto-me a um canto,
numa sala vazia,
maior desde que partiste,
enorme desde que sumiste.
Caio na tentação,
álcool percorre a minha garganta seca,
queimando memórias perdidas,
limpando recordações sentidas.
Apodera-se de mim a noite,
voltando apenas na renovação de mais um dia,
numa manhã negra e fria,
que do Inverno emerge sombria.
Pontadas fortes no cérebro...
Quem sou eu? Que fiz eu?
Passado que jaz na memória,
que um dia voltará do esquecimento,
cheio de mágoa e recessentimento.
Mas que por agora está escondida,
à espera do momento certo para o seu renascimento.

Fernando Teixeira

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Só mais um copo de absinto

Ainda vamos a tempo

 
Ainda vamos a tempo
 
Disse o que não queria e o que não sentia. Enganei a minha própria mente cortando a linha que unia o pensamento ao sentimento. Não pude evitar. É já provado que o ser humano revela sentimentos falsos quando exposto a pressão extrema sendo “obrigado” a deixar o coração de lado, libertando apenas uma raiva monumental. Tudo o que disse foi desmedido e sem sentido. Desculpa se feri os teus sentimentos criando um ambiente tenso entre nós. Mas penso vir a tempo de remediar tudo esquecendo o passado e centralizando os interesses e atenções no futuro que podemos construir juntos contrariando tudo e todos. Podemos ter um final de cinema, criando o nosso próprio filme e aí para não variar o sistema “e todos viverão felizes para sempre” cumpriríamos o guião com rigor e dedicação. Podia ser como nos contos de fadas com um grande casamento que resultaria numa família feliz rodeada de filhos vivendo numa casa modesta e acolhedora de gente honesta Mas são apenas suposições… Como ou de que maneira acontecerá é secundário. Apenas é importante que estejamos juntos livres de qualquer problema ou preocupação e em que o tempo seja apenas uma distracção. Aí a vida fará mais sentido e a harmonia que respiro será mais um factor para a decisão de seguir em frente e continuar um projecto eloquente.
 
Ainda vamos a tempo

A vida perdeu sentido

 
Ditei mais que palavras,
levadas pelo vento.
Jurei mais que promessas,
perdidas pelo tempo.
Andei por ruas e avenidas,
esquecido,
desnorteado...
Dei por mim já cansado,
sem a mínima noção de espaço,
esfomeado e anestesiado,
por dias e noites em claro.
Não consigo esquecer quem me amou,
quem realmente de mim gostou,
quem nunca julgou e sempre apoiou.
Alguém que de mim fugiu,
Arrancada da felicidade,
Por uma suposta divindade.
A vida perdeu sentido,
Sem sonho ou objectivo.
Fico só e desprovido
de qualquer tipo de motivo.
Motivo para continuar,
a neste mundo vaguear,
sem rumo continuadamente.
Nada resta se não me despedir,
deixar este mundo imundo e impestado
de seres maquiavélicos e sem compaixão.
Nada me resta se não partir,
E juntar-me à dona do meu coração.
 
A vida perdeu sentido