Poemas, frases e mensagens de AntonioZau

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de AntonioZau

Prefiro morrer a perder a vida

O voo duma alma

 
sem pele, sem céu
noite na pele, lua nos olhos
sem se encontrar
não há nada que pare uma alma
Quando o silêncio do amor puro
amadurece a canção do coração

O sol olhou pra mim à socapa
Por possuir uma cabeça de giz
No túmulo da vida que se escapa
Da mulher que se pintou de verniz

Dei volta ao miolo das arábias
Ao deslindar o fio à meada
Num espaço coberto de fobias
Na minha própria calçada

Autoria de : Zau Makaveli & Vania Lopez
 
O voo duma alma

A última vez que dormi contigo

 
A última vez que dormi contigo
Os meus desejos
Engrandeceram os marcos
Que tens nos regaços
Dos teus pés descalços

Abriu-se um espaço com flores vivas
Dum amor cristalino
E não quis largar-te das minhas mãos
Por Isso, amarei a voz dos teus soluços
Sem clemência

A última vez que dormi contigo
disseste que amavas
O perfume das palavras Aspergido
No silêncio dum olhar de novelas

As estrelas do teu sorrir
Encardiram os meus lóbulos
Em cada pulsação
Das torrentes do abismo
Das noites do meu dormir
 
 A última vez que dormi contigo

Água turva

 
Água turva

Já me indispus dos queixumes
Sem alento nos seus grelos
Que possam emanar um novo amor
Entre duas pessoas vulgares
Por debaixo de lençóis
Não perceptíveis pelos meus choros
Enroupados como uma encomenda

Água turva

Já me indispus dos queixumes
Sem alento nos seus grelos
Que possam emanar um novo amor
Entre duas pessoas vulgares
Por debaixo de lençóis
Não perceptíveis pelos meus choros
Enroupados como uma encomenda
 
Água turva

Fruto d'amor puro

 
Ao meu filho querido.
Carlos Gomes Zau

Oh meu laço perene!
A tua chegada adoça
O brilho do meu viver
Neste jardim de amor
Sem cinzas de sorriso

Tu és uma gota de água melosa
Que caiu aos meus lábios secos
Quando o deserto das esperanças
Cobriu-se de solidão no coração

Ofereço-te o meu regaço
Para que faças dele o berço
Da tua imagem tão adorável
Atrás de teclas coloridas

Dar-te-ei o amor puro
da viagem sem destino
Deste jogo amoroso
Que as vezes azoina
a mansidão dos homens
 
Fruto d'amor puro

Minha alma indomável

 
Sonho dos meus anelos
Orvalhados pelos ósculos
Num olhar deslumbrante
Inteiramente provocante
Atrás dum poema luzente

Grelo chocalhado por meus lábios
Obsequeia as pétalas da minha vida
Mesmo quando extintas no jardim
Esbodegado com um lume sem fim
Solto no peito em cada luz do sol

Sonho dos meus anelos
Orvalhados pelos ósculos
Num olhar deslumbrante
Inteiramente provocante
Atrás dum poema luzente

Grelo chocalhado por meus lábios
Obsequeia as pétalas da minha vida
Mesmo quando extintas no jardim
Esbodegado com um lume sem fim
Solto no peito em cada luz do sol
 
Minha alma indomável

Babão florescido

 
És o babão florescido
nas brincadeiras diárias
dos meus órfãos anseios
Que com ou sem chuvas
Correm atrás duma bola
mesmo quando o desprezo
acompanha os seus choros
cativados nos olhos
Desde nascença

És o babão florescido
Nas brincadeiras diárias
Dos meus órfãos anseios
Que com ou sem chuvas
Correm atrás duma bola
Mesmo quando o desprezo
Acompanha os seus choros
Cativados nos olhos
Desde nascença
 
Babão florescido

JOVEM REGRESSA DOIS ANOS APÓS \\"MORRER\\"

 
O bairro Kungo a Yenguele, no Soyo, província do Zaire, entrou em polvorosa quando se soube do regresso d Samuel João Inês, que \\"morreu\\" a 31 d julho d 2012, as 20h25, como atesta o certificado d óbito emitido pelo hospital municipal do Soyo.
O certificado d óbito, que cuja autenticidade foi confirmada pelo director clínico do hospital municipal do Soyo, Garcia Diwampovessa, indica que Samuel João Inês morreu aos 24 anos, vítima de contusão cerebral e fractura da base ucraniana, decorrente d um acidente de viação q envolveu duas motorizadas.
Os familiares disseram que, após a notícia do acidente e confirmada a morte d João Samuel Inês, foram cumpridos os trâmites legais para o seu enterro, q aconteceu no dia 2 d agosto pelas 10h00, no cemitério da comuna d Sumba, a 34 km do Soyo.
O funeral foi testemunhado pela mãe, e pela viúva Minga q se recusa agora a viver com o \\"morto que já chorei\\"
No dia 30 d julho Samuel João Inês, foi reconhecido por um parente na via pública, perguntei-lhe onde xteve até agora? E ele disse-me q foi trabalhar numa fazenda no Uige.
Este é o verdadeiro Samuel Inês, ele tem nas costas uma marca d nascença, e eu vi xta marca, garante a mãe. Minga tmbm confirma q xte Samuel tem nas costas a mesma marca do falecido marido. No Soyo não se fala até hoje d outra coisa. A notícia espalhou-se rapidamente. A incredulidade reina na cabeça das pessoas. Em frente a casa d um tio d Samuel João Inês, onde se encontra hospedado, no bairro 1@ d maio, inúmeras pessoas passam por lá, na ânsia d verem um morto q voltou.
Samuel João Inês, contou q no dia do acidente foi socorrido pela \\" mayombola \\" através d um grupo d pessoas do outro mundo, e levado para o Uige, onde foi submetido a tratamento e curado das lesões cranianas.
Como forma d agradecimentos, fiquei a trabalhar na lavra dos meus salvadores e só agora consegui voltar a casa, diz Samuel João Inês. Mas tmbm garante q nunca morri, nem se quer estive internado no hospital municipal do Soyo. Isto são truques da mayombola, é difícil d entender, conta o jovem. E revela q na fazenda onde xteve durante os dois anos, estão mais d 24 pessoas q desejam voltar ao convívio familiar.
O soba Salomão Kosi, do bairro 1@ d maio, zona C, garantiu q na \\"mayombola\\" os mortos São levados pra outras regiões, a fim d trabalharem nas larvas ou como feiticeiros. Mas trata-se d uma crença popular, q nada tem haver com a realidade. Os familiares reconhecem q Samuel João Inês, é mesmo este jovem q agora regressou.
Mas não sabem explicar quem foi enterrado no cemitério comunal do Sumba. Este não foi com a toda certeza. O director clínico do hospital municipal do Soyo, Garcia Diwampovessa, confirma: fui eu q dei o parecer médico nos documentos oficiais, atestando a morte de Samuel João Inês. É impossível alguém ressuscitar.
O jurista Evaristo Gonga, do tribunal municipal do Soyo, disse que no ponto d vista forense, é impossível este Samuel João Inês ser o que foi enterrado: e é fácil confirmar, basta ir ao cemitério e verficar se o caixão esta vazio. Evaristo Gonga diz que só pode ter havido trocas de cadáveres: o indivíduo encontrado no dia do acidente não era Samuel João Inês. O teólogo João Motas Fernandes, pastor da igreja metodista unida, garante que o jovem Samuel João Inês não ressuscitou porque, só Jesus Cristo o filho unigénito de Deus, fez o milagre de ressurreição durante a sua estada na terra. Todos os homens estão destinados a morrer uma só vez.

In Jornal de Angola.
 
JOVEM REGRESSA DOIS ANOS APÓS \\"MORRER\\"

O futuro d’amanhã

 
O futuro d’amanhã
 
Às crianças Africanas.


As crianças comem sopa de cavalos cansados
Ao baterem com a porta na cara
Com os tarecos às costas das suas vidas
Durante a corrida de sete pés descalços

Entre ventos e marés
As crianças engatinham da ponta dos pés
à Raiz dos cabelos
e sem vergonha cortam as unhas rentes
ao alvorecer dos seus dias não ridentes

Oh Crianças inocentes!!
rodeadas de cobras e lagartos
em águas profundas de bacalhau
e deitam as barbas de molho
por falta do amor dos seus pais
que as acusam de serem feiticeiras
mesmo sem provas palpáveis das palavras
ditas atrás das orelhas dos vizinhos

Enquanto o diabo
ainda esfrega os seus olhos
abracemos o futuro d’amanha
e se agora não o fizermos
Perder-se-ão a sua luz do dia
 
O futuro d’amanhã

CANOA FURADA

 
Calços duma parábola
Salpicados por uma quimera
Com apócopes
Na ponta da língua

Calha das águas turvas
Dos poetas polidos
Que habitam no silêncio
Das noites não dormidas

Cálice que faz sorrir
A imagem verdadeira
De Jesus Cristo
Quando a palanca Negra
Abre a sua mão.

Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=247705#ixzz2TPpWQqla
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
 
CANOA FURADA

Água furtada

 
És a água furtada
Da voz que não cansa
A esperança de uma mulher
Que descansa
Na contenda do bem viver

És a água furtada do choro
Duma criança
O retrato perspicaz
Da mente que não pensa
Na entrada da paz
Que o calor recompensa

Es a agua furtada do canto
Que dulcifica a alma
Do homem em cada ponto
Do poema que declama

És a água furtada
Do bem-querer sem suor
Que as vezes transborda
No íntimo do gato trovador

Es a agua furtada
Das folhas secas do verão
Da garganta destroçada
Com um imporão
Da taça não domada

És a água furtada
Nas arranhas
Da vida em papel
Das aventuras que faço
Mesmo sendo fiel
Das minhas flores de aço

És a água furtada
Da voz que não cansa
A esperança de uma mulher
Que descansa
Na contenda do bem viver

És a água furtada do choro
Duma criança
O retrato perspicaz
Da mente que não pensa
Na entrada da paz
Que o calor recompensa

Es a agua furtada do canto
ue dulcifica a alma
Do homem em cada ponto
Do poema que declama

És a água furtada
Do bem-querer sem suor
Que as vezes transborda
No íntimo do gato trovador

Es a agua furtada
Das folhas secas do verão
Da garganta destroçada
Com um imporão
Da taça não domada

És a água furtada
Nas arranhas
Da vida em papel
Das aventuras que faço
Mesmo sendo fiel
Das minhas flores de aço



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Água furtada

Amor forçado

 
Quero que me digas
Como foi o primeiro beijo
Depois de tantas brigas
Dum amor sem desejo

Numa noite enfurecida
Usufruiu-se um prazer
Desta relação entorpecida
Mesmo sem querer

Perdemos o senso
De cada abraço
Por sermos tão extenso
Na fabricação do berço
Deste amor em pedaços
 
 Amor forçado

A venda da minha primeira obra literária

 
A venda da minha primeira obra literária intitulada '' Inferno na terra'' acontece na quarta Feira da proxima semana, dia 22 de Maio, no anfiteatro da Universidade 11 de Novembro , pelas 15 h30. Vejam o trecho dum dos poemas:

CANOA FURADA

Calços duma parábola
Salpicados por uma quimera
Com apócopes
Na ponta da língua

Calha das águas turvas
Dos poetas polidos
Que habitam no silêncio
Das noites não dormidas

Cálice que faz sorrir
A imagem verdadeira
De Jesus Cristo
Quando a palanca Negra
Abre a sua mão.

encomenda; zaumilson02@hotmail.com
 
A venda da  minha primeira obra literária

Makaveli