Poemas, frases e mensagens de airtorion

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de airtorion

Areia, Tempo e o Vento

 
Areia, Tempo e o Vento
 
Queria o Tempo nas mão,
Mas só areias escorrem,
Entre elas. O vento, então!
Não nas mãos; na cabeça,
A levar pensamentos...
Mais leves que as folhas,
Distantes, quanto ao Tempo
Eternos, e primaveris.

Poema e imagem de Airton Parra Sobreira
 
Areia, Tempo e o Vento

Certo e Errado

 
Certo e Errado
 
O que é certo ou errado.
Concordar, discordar?
Depende do Tempo,
Da direção do vento.
Na hora não se sabe,
Só depois, mais ai é tarde.
Sempre será assim.
Os erros se repetem,
O certo se extingue,
Como os bichos.
Certo pode ser errado,
O errado tornamos certo.
Continuamos a errar mais,
Sempre mais.

Poema e imagem de Airton Parra Sobreira
 
Certo e Errado

Esboço

 
Ensaios; insights; incertezas.
Tudo é tão furtivo,
Nem um pouco conclusivo.
Uma linha flexível,
Torna-se um arco.
Sensações contidas e
Vagas como um container,
Abandonado num porto.
Tudo tão
Inexato e disperso.
Sombras tocam a pele que
Se arrepia. Algo que não entendo.
Traçados evasivos,
Precisos e navegáveis.
 
Esboço

Terminal

 
De repente
Tudo chega ao fim.
O dia, a noite;
A melancolia.
Vira-se a página.
O que virá será novo,
Apesar de próximo
Do fim, onde tudo
Estanca.
De repente...
A noite chega.
 
Terminal

O Olhar Que Me Acompanha

 
Conheço esse olhar.
Sendo mais especifico,
Seu brilho;
Como uma impressão digital,
Uma marca de quem a possui.
Tão familiar, tão cativante
Que envolve todo o ar;
Irradiam sinais
A complementar meu ser.
São meus,
Embora não me pertencem
Fazem companhia
Mesmo estando tão distante.
 
O Olhar Que Me Acompanha

Mar Profundo

 
As profundezas
Do oceano e da mente
São as mesmas.
Guardam segredos,
Onde a luz não está.
Memórias ocultas
De repente emergem
E se perdem na brisa,
Se transformam em nuvens,
Em Lavoisier, ou champanhe.
O Tempo torna-se irrelevante
Diante das sensações
Que afloram,e depois
Descem profundo,
Como cachalotes.
 
Mar Profundo

Mundo Fracionado

 
Células, vidas diminutas.
Vistas em microscópicos.
Um outro universo, tão próximo.
Viagem através de laminas,
Navegadas em gotas de oceanos .
Vida translucida, e fugaz.
Movimento frenéticos,
Fração de matéria.
Seres vorazes e silenciosos.
Seres que não se vê.
Deuses e bactérias?
 
Mundo Fracionado

Razão

 
Razão
 
Desistir da razão?
Um dia talvez,
Quando a noite chover,
Os pingos bater no chão,
A água correr como um rio,
Em direção ao vazio da alma.
Sumidouro de ilusões e sonhos.
Não há razão para se ouvir a chuva,
Mas há uma razão para cair,
Sobre a noite, e molhar os telhados.
Por que não os pensamentos, e...
Levá-la para o mar,
E assim, sem razão, navegar,
Sem portos de chegada,
Ou partida.

imagem e poema de airton para sobreira
 
Razão

Cidades de Mentira

 
Quantas mentiras
Passam por verdades.
Quanto as verdades?
Esquecidas, ignoradas.
Uma cidade coberta
De cal e fuligem.
Histórias mal contadas.
Cidade! Cidadão Kane!
Nos outdoors; sublimação.
As noites são manhãs,
Assim como nas granjas.
Confinados em
Telas de plasmas.
O mundo real;
Quase não se vê.
 
Cidades de Mentira

NDA

 
n d a
Sem nada
Sen sação
Sem ação
Inerte
Separa ação.
Sem “ç”
N a d a
S ó
 
NDA

Esperar

 
Espera amanhã.
Hoje é igual
A qualquer dia.
Além da curva,
Há outra e outra.
Vivemos em anéis
De Saturno, ou,
Nos ônibus circulares.
A arquitetura, o cimento
Passa por nossas cabeças,
Todo santo dia.
Espera, mas não muito.
Amanhã pode ser fatal,
Por não ter esperança.
Espera.
 
Esperar

DIMENSÃO

 
Células, protozoários.
Olhar microscópico.
Universo distante.
Viagem à Lua,
Cruzar a linha da mão.
Longevidade no olhar.
Penetrar no átomo,
Dividir a matéria.
Comer o pão.
Ser.
Não ser.
Deus ou bactéria?
 
DIMENSÃO

Ir á Lua

 
Ir á Lua
 
Sinto saudades da Lua,
Embora não tenha pisado nela.
Tudo é absoluto.
O silêncio; desértico.
Falta o ar, e o mar.
A consciência é leve,
Vai até lá.
A cor da Lua combina com
Meu paletó cinza,
O retrato em PB,
A primeira TV.
Lá não há transito.
Nuca serei multado,
Por andar no mundo de lá.

Imagem e poema de Airton Sobreira
 
Ir á Lua

Voo Livre Para o Extremo

 
Aluzicandecência; abre-se
A luz das esferas roxas.
Montes cristalizados açucarados.
Tolos vaga-lumes embriagados
Dos mais diversos sortilégios.
Doce, pungente remanescente
Astronauta medieval cavaleiro.
Desce aos fossos em submarino
Resplandecente.
Coberto de orgulho nonsense.
No, no,no,no,no,no, Yes!
Assim se diz Califórnia,
Para onde quer que voo.
 
Voo Livre Para o Extremo

Ideias

 
Ideias
 
De onde surgem as ideias?
Dum lugar invisível talvez.
Quem sabe do branco do papel,
Ou da falta de espaço.
Da respiração contida.
Surgem do nada,
Como mágica, e por que não?
Não há nada mais puro,
Do que a inexistência do futuro.
Pois é bem lá de onde vem.
Nada há no futuro,
Porém ele sempre vem,
O pensamento sempre amanhece.

Digigravura e poema do autor
 
Ideias

Sombras &Gatos II

 
As sombras tornam-se
Notívagas e felinas;
No oposto extremo do meio dia.
São gatos pretos acinzentados
De olhos caramelados.
Melados de noites ímpares
Luar e sexta-feira.
As sombras são nuances
De azuis transcendentais
Atrás da porta semiaberta,
Envoltos em semicolcheias e
Cobertores felpudos e macios.
Estão sobre os telhados,
Sobre as cabeças:
Seus pensamentos.
As sombras assombram e
Vão embora, como se ali
Nunca existissem.
 
Sombras &Gatos II

Mundo Paradoxal

 
Mundo Paradoxal
 
Busca-se o conhecimento distante.
Fora daqui, em viagens frias e vazias.
Chipar uma fera, um cometa, e...
Não ver um olhar tão perto.
Tão distante da razão, mas...
Cheio de compreensão.
Pisar descalço, o chão frio do passado.
O barulho da chuva e das vozes,
Nunca irão abandonar a alma,
No silencio existe um berço,
A embalar um sonho distante.

Imagem e poema de Airton Parra Sobreira
 
Mundo Paradoxal

Lugares

 
Lugares
 
Os lugares estão,
Ocupados por fantasmas.
Numa sofá, no vão da escada.
Repletos de histórias,
De atmosfera.
As pessoas partem, mas
Permanecem os retratos em
Momentos felizes, em...
Eternos descontentamentos.
Os sentimentos estão ali, acolá,
Em qualquer parte sobrepostos,
Sobrecarregados, saturados.
O rio leva apenas as águas,
Mas não as memórias.
Sedimentadas entre os seixos,
Reflete o sorriso distante,
Na superfície num dia de Sol.
Lugares escuros na noite,
Estão entre as taças de vinhos,
Na toalha manchada, numa nota
Deixada na mesa pro garçom.

Poema e imagem do autor
 
Lugares

Vendaval

 
Súbito vendaval.
Leva do chão
Toda estrutura.
Varre as nuvens
Deixando apenas
O vazio azul celeste.
Ventos são pensamentos
Invisíveis indo mar adentro.
 
Vendaval

Indiferente

 
Roubaram as línguas.
Já não há mais verdades,
Alias nunca existiram.
Quanto a natureza;
Bela e contemplativa,
Indiferente ao toque humano.
Ambos não se pertencem,
Porque;
Roubaram os olhares.
Roubaram os afetos.
Nada mais há, além de
Ladroes.
 
Indiferente