Poemas, frases e mensagens de AndreVianna

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de AndreVianna

O mistério nos teus lábios

 
O mistério nos teus lábios
 
Percorri a extensão do teu rosto
- Com os meus dedos -
Palmeando o teu desejo
Sondando os teus segredos
- Pobremente disfarçados -
Explicitados em sinais de excitação
Provei o gosto dos teus lábios
E sem cerimônias te desvendei

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O mistério nos teus lábios

Gabarito sem questão

 
Gabarito sem questão
 
Abstrato e sem indícios de comprovação
Incondicional por definição
Eis o amor

O amor é a resposta!
- é o que dizem -
Mas qual é mesmo a pergunta?

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Gabarito sem questão

William Shakespeare

 
William Shakespeare
 
“Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama. “


- William Shakespeare -

Sim eu amo a chuva, o som dos pingos, o cheiro... Nossa eu amo o cheiro da chuva! Adoro correr pela tempestade enquanto ela aumenta de intensidade e sentir a sua força... Mas não a amo o suficiente para me deixar adoecer por me expor de mais a ela, então me protejo com o meu fiel guarda-chuva.

Sim eu amo o Sol. A forma como ele se levanta esplendoroso no leste e se põe com majestade no oeste e todo o domínio que ele mantém do Céu nesse ínterim. Mas não o amo o suficiente para me deixar ferir por me expor de mais a ele, e por isso me protejo em uma sombra amiga.

Sim eu amo o vento. Desde a mais leve brisa aos sopros mais violentos, sentir o vento é ter Deus afagando a alma. Mas não anseio o vento o suficiente para me permitir padecer por excesso de exposição a ele. Então me protejo.

A chuva, o Sol e o vento são agentes externos e quando em excesso posso evitá-los, você por outro lado, vive dentro de mim. A você, eu estou exposto desde o início. Ansioso desde sempre. Desde sempre de peito aberto e alma nua a sua mercê.

Não tema, pois de você não há proteção.



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William Shakespeare

Desbravador

 
Desbravador
 
Percorro sem pressa
Planícies e planaltos
No teu corpo

Floresta de seda
Nos teus cabelos

Nascente na tua boca
Oasis nos teus seios

Mapeando a tua anatomia
Fazendo a cartografia
Do meu desejo

Sou expedicionário de ti

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Desbravador

Acasos do Amor em curta-metragem

 
 
‎Whorton Marenga é um jovem diretor de curtas. Em seu novo projeto ele buscou 5 textos de autores diversos para personificar o amor em diferentes etapas de um relacionamento.

O texto que será usado como abertura é uma versão de um poema de minha autoria.

Eis a primeira prova do vídeo.

Direção de Whorton Marenga
Interpretado por Mirian Panzer

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Acasos do Amor em curta-metragem

Presença

 
Presença
 
Estava acordado fazia algumas horas, mas demorou a sair da cama. Sentia o peso das lembranças como uma força irresistível que o mantinha preso ao colchão. Valendo-se de toda a sua vontade ele levantou. Alheio ao caos em que se encontrava o quarto dirigiu-se a cozinha para fazer o café amargo seu velho companheiro de todas as manhãs.

Ela havia partido a mais de oito anos, a ausência só servia para reforçar a sua presença em cada cômodo da casa. Mesmo porque desde que ela se fora nada mudara por ali. Eram os quadros que ela comprou; com o sofá que ela escolheu; sobre o tapete que ela sonhou; em uma casa que ela decorou... A casa dela, mas sem ela.

Volta e meia vinha o desejo de procurá-la, mas ele o reprimia, temia a reação dela em um encontro. Não saberia o que fazer caso o rejeitasse ou simplesmente o ignorasse, não suportaria um olhar indiferente. Não dela.

A bem da verdade temia mais ainda ela aceita-lo de volta. Esse sim era um pensamento aterrador, pois ele era o mesmo homem de anos atrás, nada mudara. Eram os mesmo defeitos, as mesmas manias e fraquezas. O mesmo individuo que a perdera uma vez estaria fadado a reviver o caminho dos velhos erros atingindo o mesmo fim. O fim.

Esse raciocínio o deixava deprimido. Resolveu voltar para cama e se deixar esmagar pelo peso das lembranças. Elas nunca o abandonariam, nem o magoariam além do que poderia suportar. Era sua companhia e seu refugio. A única coisa que ela deixou para trás que não poderia ser tomada dele. Eram suas apenas. Eram suas e seguras.

Deitou-se no colchão e deixou que o peso da tristeza voltasse a confortá-lo. Pousou a cabeça em recordações, cobriu-se de saudades e voltou a dormir tranqüilo.

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Presença

Gira o Mundo

 
Gira o Mundo
 
Sou Sol
Corro o Mundo

Mas não importam
As minhas vias

Amanheço no seu amor
Ponho-me em suas mãos

Você é minha Sina
Horizonte dos meus dias

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Assista ao início do curta poético Acasos do Amor
 
Gira o Mundo

O Fim da Poesia

 
O Fim da Poesia
 
Mãos...

Minhas mãos
Outrora instrumentos
Da alma
Hoje se lançam exoráveis
Ao céu
Buscando a razão do fim
Da poesia.

Pobres mãos
Agora a pouco se prestam
Apenas secam o pranto
Dos meus olhos
Outrora altaneiros
Outrora absortos
Em magia e lirismo
E hoje pragmáticos
Se rendem ao ordinário

Meus olhos obtusos
Só vêem o óbvio
Minhas mãos estão cegas...
Para a poesia...

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O Fim da Poesia

Dona da Saudade

 
Ela tem olhos de mar aberto
Profundidade que não se mensura

Herdou dos Deuses, em seus lábios,
O além da eternidade, o infinito

A alma é trajada de lua
E ornada por mistérios

Ela é como um avatar celeste
Consignado a mim sem explicação

Tantas das minhas vidas irão passar
Antes que eu possa traduzi-la

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Dona da Saudade

A Mão de Deus

 
A Mão de Deus
 
“Não tema segue adiante e não olhe para trás
Segura na mão de Deus e vai”

No despedaçar da Alma
Os sonhos se esvaem
Pelas frestas da realidade
E todo riso se afigura ilusão
A alegria é a ausência mais sentida
Decepções se assomam
Depressão se anuncia
Seja noite ou dia
É indiferente
Seja Sol ou Lua
É solidão

E então eles se apresentam...

Enxugam tuas lágrimas
E lavam o espírito
Juntam os cacos, te refazem
Acolhem a tua dor
E levam os pesares
Sanam as lástimas
Compartilham o peso do teu Mundo
Os amigos são os braços de Deus
A Família, as suas mãos.

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A Mão de Deus

Brado Retumbante

 
Brado Retumbante
 
É o meu sangue que sacia a sua secura
Cabe a mim a sede

É a minha carne que alimenta suas entranhas
Cabe a mim a fome

É o meu fôlego que sustenta a sua voz
Cabe a mim a mordaça

Impávido colosso
Um dia me porei de pé

Então sangue inundará minha voz
E com suas entranhas me fartarei

Então meu suor terá justiça
E as lágrimas não serão só minhas

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Brado Retumbante

Angelitude

 
Angelitude
 
Existe um anjo
A quem observo
Venero

A ela me dedico
Entrego tudo que possuo
- meus versos -

O que a vida me nega
A imaginação licencia

Existe um anjo pousado
Em minhas palavras

Nas suas asas
Repousam meus sonhos

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Angelitude

Ao pequenos

 
Ao pequenos
 
Que teu olhar não perceba nada além do belo
E que não verta lágrimas, exceto as alegres
Que o tom cinza do mundo não te nuble os dias
E que a tua alegria não venha a sofrer flagelo

E que todos os teus passos sejam singelos
Nada mesquinho possa opor-se na tua via
A virtude do amor seja a tua eterna guia
No conforto do lar encontre o teu castelo

Um conselho de amor eu te entrego assim
Conselhos, meu amor, são tudo o que lhe ofereço

Atenha-se às minúcias, ao detalhe enfim
Tenha atenção a tudo, desde já, no berço

Por vezes, sem aviso, nós encontramos o fim
Sem que ao menos tenhamos percebido o começo

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Ao pequenos

Ausente

 
Ausente
 
A chuva percorre minha face
A semelhança do seu beijo
Minha língua acaricia a boca
Na intenção dos seus lábios

O vento que me eriça os pêlos
Ora é brisa, ora é tempestade
São suas mãos que me tomam a pele
Enquanto as minhas acariciam o ar

O hiato entre os nossos corpos
Não causou o fim dos sentidos
O sentimento vai além da presença
Você está em tudo o que existe

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Ausente

Amor-perfeito

 
Amor-perfeito
 
Queria esquecer a realidade
As diferenças
- Principalmente a indiferença -

Queria acreditar
Na santificação do sofrimento

Ingenuidade

“O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”

Mas eu não sou o amor
Sou homem. Sou carne
Falho

O Amor é pleno
E eu...
Finito

Em um ser onde tudo é relativo
Não há lugar para o absoluto

Na terra do Joio e do trigo
Não floresce o amor-perfeito

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Veja a abertura do curta-metragem Acasos do Amor
 
Amor-perfeito

Alto Mar

 
Alto Mar
 
Percebo-te adiante
Cintilando sinais
- Indecifráveis -

Sem te saber farol
Em porto seguro

Ou encantadora sereia
Em recife de corais

Ajusto as velas
E rumo a ti

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Alto Mar

Miragem e outros sonhos

 
 
Com pesar aceito o fim
A esperança, minha esperança,
Esvai-se como o sonho que evanesce
À manhã

É vã a tentativa de cruzar o vão entre nós
Maior do que a distância
O que nos separa é a vida
E o tempo

O nosso tempo que nunca foi escrito
Por ninguém mais além de mim
Que viva então guardado na lembrança,
ainda que ilusão, o amor que tive.

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Miragem e outros sonhos

Aparelho de Jantar

 
Em uma triste sala de jantar
Ornada por Candelabros sem velas acesas
E molduras de promessas quebradas
- Ostentadas em paredes sem cor -
Onde a única música que ofende o ambiente
É o som ritmado dos ecos das velhas perjuras
Sentam-se à mesa da mais sólida solidão
Ele e as antigas recordações de felicidade
Comensais no banquete do desgosto
Servido em porcelana de silêncio
E prataria de desilusão

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Aparelho de Jantar

Cigana

 
Cigana
 
À beira do mar me despeço do teu encanto
Deixo-o como oferenda para o Teu Orixá
Para tua Senhora
Iemanjá
Antes de partir, porém, uma última dança
Uma ultima vez teus Céus
Teus véus
Teu riso que é tal Sol
Descortinando a noite da alma
Teu ritmo que é o espelho do Mar
Teu Servo, teu reflexo
Ondas que quebram
Por vezes com calma
Outras tantas em fúria
Ambígua malemolência
Sagrada indecência
Divindade profana
Adeus
Deixo-te partir
Em teu exímio bailar
Com teu exíguo coração
Canta para subir, Cigana

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Cigana