O mistério nos teus lábios
Percorri a extensão do teu rosto
- Com os meus dedos -
Palmeando o teu desejo
Sondando os teus segredos
- Pobremente disfarçados -
Explicitados em sinais de excitação
Provei o gosto dos teus lábios
E sem cerimônias te desvendei
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Gabarito sem questão
Abstrato e sem indícios de comprovação
Incondicional por definição
Eis o amor
O amor é a resposta!
- é o que dizem -
Mas qual é mesmo a pergunta?
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William Shakespeare
“Você diz que ama a chuva, mas você abre seu guarda-chuva quando chove. Você diz que ama o sol, mas você procura um ponto de sombra quando o sol brilha. Você diz que ama o vento, mas você fecha as janelas quando o vento sopra. É por isso que eu tenho medo. Você também diz que me ama. “
- William Shakespeare -
Sim eu amo a chuva, o som dos pingos, o cheiro... Nossa eu amo o cheiro da chuva! Adoro correr pela tempestade enquanto ela aumenta de intensidade e sentir a sua força... Mas não a amo o suficiente para me deixar adoecer por me expor de mais a ela, então me protejo com o meu fiel guarda-chuva.
Sim eu amo o Sol. A forma como ele se levanta esplendoroso no leste e se põe com majestade no oeste e todo o domínio que ele mantém do Céu nesse ínterim. Mas não o amo o suficiente para me deixar ferir por me expor de mais a ele, e por isso me protejo em uma sombra amiga.
Sim eu amo o vento. Desde a mais leve brisa aos sopros mais violentos, sentir o vento é ter Deus afagando a alma. Mas não anseio o vento o suficiente para me permitir padecer por excesso de exposição a ele. Então me protejo.
A chuva, o Sol e o vento são agentes externos e quando em excesso posso evitá-los, você por outro lado, vive dentro de mim. A você, eu estou exposto desde o início. Ansioso desde sempre. Desde sempre de peito aberto e alma nua a sua mercê.
Não tema, pois de você não há proteção.
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Desbravador
Percorro sem pressa
Planícies e planaltos
No teu corpo
Floresta de seda
Nos teus cabelos
Nascente na tua boca
Oasis nos teus seios
Mapeando a tua anatomia
Fazendo a cartografia
Do meu desejo
Sou expedicionário de ti
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Acasos do Amor em curta-metragem
Whorton Marenga é um jovem diretor de curtas. Em seu novo projeto ele buscou 5 textos de autores diversos para personificar o amor em diferentes etapas de um relacionamento.
O texto que será usado como abertura é uma versão de um poema de minha autoria.
Eis a primeira prova do vídeo.
Direção de Whorton Marenga
Interpretado por Mirian Panzer
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Presença
Estava acordado fazia algumas horas, mas demorou a sair da cama. Sentia o peso das lembranças como uma força irresistível que o mantinha preso ao colchão. Valendo-se de toda a sua vontade ele levantou. Alheio ao caos em que se encontrava o quarto dirigiu-se a cozinha para fazer o café amargo seu velho companheiro de todas as manhãs.
Ela havia partido a mais de oito anos, a ausência só servia para reforçar a sua presença em cada cômodo da casa. Mesmo porque desde que ela se fora nada mudara por ali. Eram os quadros que ela comprou; com o sofá que ela escolheu; sobre o tapete que ela sonhou; em uma casa que ela decorou... A casa dela, mas sem ela.
Volta e meia vinha o desejo de procurá-la, mas ele o reprimia, temia a reação dela em um encontro. Não saberia o que fazer caso o rejeitasse ou simplesmente o ignorasse, não suportaria um olhar indiferente. Não dela.
A bem da verdade temia mais ainda ela aceita-lo de volta. Esse sim era um pensamento aterrador, pois ele era o mesmo homem de anos atrás, nada mudara. Eram os mesmo defeitos, as mesmas manias e fraquezas. O mesmo individuo que a perdera uma vez estaria fadado a reviver o caminho dos velhos erros atingindo o mesmo fim. O fim.
Esse raciocínio o deixava deprimido. Resolveu voltar para cama e se deixar esmagar pelo peso das lembranças. Elas nunca o abandonariam, nem o magoariam além do que poderia suportar. Era sua companhia e seu refugio. A única coisa que ela deixou para trás que não poderia ser tomada dele. Eram suas apenas. Eram suas e seguras.
Deitou-se no colchão e deixou que o peso da tristeza voltasse a confortá-lo. Pousou a cabeça em recordações, cobriu-se de saudades e voltou a dormir tranqüilo.
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Gira o Mundo
Sou Sol
Corro o Mundo
Mas não importam
As minhas vias
Amanheço no seu amor
Ponho-me em suas mãos
Você é minha Sina
Horizonte dos meus dias
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Assista ao início do curta poético Acasos do Amor
O Fim da Poesia
Mãos...
Minhas mãos
Outrora instrumentos
Da alma
Hoje se lançam exoráveis
Ao céu
Buscando a razão do fim
Da poesia.
Pobres mãos
Agora a pouco se prestam
Apenas secam o pranto
Dos meus olhos
Outrora altaneiros
Outrora absortos
Em magia e lirismo
E hoje pragmáticos
Se rendem ao ordinário
Meus olhos obtusos
Só vêem o óbvio
Minhas mãos estão cegas...
Para a poesia...
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Dona da Saudade
Ela tem olhos de mar aberto
Profundidade que não se mensura
Herdou dos Deuses, em seus lábios,
O além da eternidade, o infinito
A alma é trajada de lua
E ornada por mistérios
Ela é como um avatar celeste
Consignado a mim sem explicação
Tantas das minhas vidas irão passar
Antes que eu possa traduzi-la
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A Mão de Deus
“Não tema segue adiante e não olhe para trás
Segura na mão de Deus e vai”
No despedaçar da Alma
Os sonhos se esvaem
Pelas frestas da realidade
E todo riso se afigura ilusão
A alegria é a ausência mais sentida
Decepções se assomam
Depressão se anuncia
Seja noite ou dia
É indiferente
Seja Sol ou Lua
É solidão
E então eles se apresentam...
Enxugam tuas lágrimas
E lavam o espírito
Juntam os cacos, te refazem
Acolhem a tua dor
E levam os pesares
Sanam as lástimas
Compartilham o peso do teu Mundo
Os amigos são os braços de Deus
A Família, as suas mãos.
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