Poemas, frases e mensagens de tais-mariano

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de tais-mariano

Bruma Lilás

 
[font=Arial Black]BRUMA LILÁS

A bruma lilás, vagarosamente, desce,
sobre as auras enamoradas
um desejo se manifesta e cresce,
entre as almas apaixonadas
Feito letras soltas, que num poema, se tece
Palavras se atraem, como um imã, no éter, no ar
Notas musicais, unem-se para compor a canção
num compasso dos que querem amar
vem da terna criação
do som das ondas no mar

A bruma lilás é luz de magia
desliza como inspiração
descortina a noite, em fantasia
liberta os seres da solidão
é um belo sonho, uma alquimia
nela dançam as bailarinas
no firmamento, na constelação
as estrelas são muitas lamparinas
A bruma lilás é poesia

A bruma lilás, tem cheiros, sim
de um campo vasto de flores: lavanda,
cravo, hortênsia, violeta e jasmim
misturando-se ao doce sabor das maçãs
chega à tardinha, se instala na varanda
aromas ao vento, da esperança
uma perfumada lembrança

A bruma lilás tem som,
embala num suave tom
escuta-se ao longe, a leveza dos violinos
e ao nascer do sol, muitos anjos
alegres a tocarem seus sinos
no mistério da chama da transformação
Virtudes do amor puro de um coração
[/font]
 
Bruma Lilás

POESIA E SILÊNCIO

 
Poesia e silêncio ...

Mergulhados em poesia e silêncio
Solidão grita o passar indelével do tempo
Severo silêncio monástico
Musgos no último desejo da consciência
Olhares gelados, disfarçados
Lutando contra sentimentos em chamas

Mergulhados em poesia e silêncio
Desejando cegamente voltar no tempo
Velas acesas nas salas do inconsciente
Imensos corredores escurecidos
A a velha sentença destruidora

Mergulhados em poesia e silêncio
Despertando as sombras esquecidas
Almas tangenciadas pela ebria ideia ...
E uma vontade insana de ...
retornar ao ponto de partida

"Pode haver seriedade mais honesta
que a seriedade poética?"
Poesia e silêncio...
Sombras despertando no tempo ...
 
POESIA E SILÊNCIO

SONO DE DEZEMBRO . . .

 
[size=medium]SONO DE DEZEMBRO . . .

Alamedas escuras
ruas turvas
cobertas de areia
lavadas de suor
pálido medo
prédios inacabados...anêmicos
minh’alma errante
não quer descansar
caminha tateando os cordões e muros
escuridão sem destino
clarão no céu
lua cheia invade a noite
reflexos de luz nas poças d’água
farejo teu cheiro no ar...
forte maresia
almiscaradas madeiras
aproximo-me da tua janela
entreaberta para as brisas
aqui fora...o silêncio,as brumas
te descubro...entorpecido pelos sonhos...
adormecido entre os lençóis cremosos
madrugada desperta
nuvens preguiçosas encobrem o céu
penumbra ...
espio teu sono...profundo
embalado pela suavidade...
do vento que desperta
minha sombra nos pilares acinzentados,
sussurra que é hora de partir
o tempo passou depressa
o sol já vai nascer..
 
SONO DE DEZEMBRO . . .

Tempo de voo

 
Tempo de voo

(para as gaivotas que partiram...)

O gosto salgado do mar
A fuga das palavras sobre as ondas
Os lábios secos de ilusão
O tropeço no pronome possessivo
A regência de um verbo desgarrado,
em um barco à deriva
O voo das gaivotas
para longe dos limos apodrecidos
os rochedos acinzentaram
e a música calou-se
presas a uma ilha sem habitantes
o desespero das libélulas
as asas pregadas na cortina da noite
barulho estridente dos sinos no ar
que mais parecem tambores de guerra
ou martelos de uma sentença
tempo de voo
o vendaval revirando o oceano anil
cansado, triste e morno
escurecido...anunciando temporal
a solidão da nuvem angustiada
que já vai chorar
derramando suas lágrimas
chuva de lamentos e dúvidas
e uma saudade insistente
das gaivotas que partiram
 
Tempo  de   voo

SOPRA VENTO . . .

 
Sopra vento...

Sopra vento ...
Em redemoinhos...leva tudo
Dança com frenesi,vento!
Balança os galhos dos pinheiros
Sacode a vida, limpa
Na praia esquecida
A luz do céu comunga com a água

Sopra vento...
Leva o mal querer para o fim do oceano
Onde o horizonte se acaba no mar
As tardes passam ,determinadas
Tudo passará...
Descerá a noite e...passou!

Sopra vento...
Os sons se confundem
Assovia mais forte, vento
Atravessa meu corpo
Transpassa minha alma
E leva todas cinzas...
Lá para bem longe

Sopra vento...
Faz desaparecer...
o engano escondido...
Leva... longe muito longe
que eu não mais o alcance
Embala meu momento
Me deixe translúcida,vento
Meu novo cantar... ilumina
Sopra vento ...

Sopra vento...
Leva...
Sopra vento...
Sopra vento...
Leva...
 
SOPRA VENTO . . .

Montanha russa

 
Montanha russa

Deixa eu ver a vida assim
de vários ângulos
Me deixa aqui na montanha russa
só mais alguns minutos
Para que eu observe os pontos
Que eu conteste as interrogações
E saia de uma vez das reticências
Deixa eu ver a vida assim
Só mais alguns minutos
 
Montanha russa

BARCO SEM RUMO

 
BARCO SEM RUMO

Meu barco sem rumo
Navega por desertos mares
Carregando um baú as cinzas
Da alma de um marinheiro
O verso morto...
Minha poesia grita no escuro
Invisível e distante
Feito criatura sem porto
Sem destino
Súbita paisagem se apresenta
Repetindo-se mil vezes
Sem nunca se completar
Labirinto infinito de esperas
Barco desgastado,à deriva
Numa noite que não quer ir embora
Nas mãos de uma dor, sorrateira
A espreita, uma chuva de lágrimas
Meus ecos respondem:
Estou só
Completamente só
Distante do barulho da vida
Em profundo silêncio
Procurando inquieta
Meu poema inacabado
Anjo desbotado, sem asas
Perdido nos abissais
Não tenho respostas
Só um gosto de água salgada
E uma incerteza que sangra.
 
BARCO SEM RUMO

Reticências de inverno . . .

 
Não importa o tempo
Os desgastes da madeira
Somente importa a essência
Mais apurada e enriquecida
rica em acalantos e novas experiências
A alma desnudada revela-se
no mistério dos minutos
carregados de calor e emoção
despertada pelo encontro
Ao simples olhar molhado de desejo
ao toque dos dedos nos cabelos macios
abraços e beijos tímidos e desacostumados
Porque devagar se constrói um viver sólido
Cada vez melhor,sem pontos finais
Apenas as reticências
Leves pontos de luz que unem almas afins
com amor e intensidade . . .
 
Reticências de inverno . . .

♥ Música do coração ♥

 
Cadernos de música
Partituras inacabadas
Meu piano em espera
Vou tocá-lo com carinho
Seu pensamento me chama
O início de uma outra Era
Emoções reveladas
Diz-me amor da sua melodia
Minha esperança ama
Com saudade, reclama
Hoje vou compor em harmonia
Em minha partitura ,eu desenho
Uma história de paixão
Beleza e fantasia
É tudo que tenho
Minha profunda inspiração
O toque da magia
Claves de sol e de fá
O som a se misturar
Num pequeno prelúdio
Meus dedos nas teclas a dançar
Numa composição
As notas se unem
Na música do coração
 
♥  Música do  coração    ♥

. . . ÚLTIMA SAFRA . . .

 
. . . última safra

És a última safra
dos sentimentos...
a guerra mais longa...
A dança mais lenta...
O fio de Ariadne
arrebentado...
na metade do labirinto...

És o percurso inacabado,
uma venda amarrada...
aos olhos molhados
O último enigma....
A esfinge mais difícil ...
de se decifrar

És o grito no silêncio...
O eco dos dois caminhos ...
Que vão e vem...
A música mais longa,
e mais triste,que toco
em meu piano...

És o vinho tinto que me embriaga
a composição do meu sacrifício
o último afeto...ceifado
meu raro vício,guardado

És uma estrela cadente,
no escuro da noite...
O brilho da verdade que arde...
Meu misterioso véu de anil...açucarado
que as lágrimas e a chuva derretem
escorrendo pelos horizontes infinitos

És o dono das minhas insônias
madrugadas delirantes,lembranças ...
sou navegante das névoas prateadas
em busca da minha colheita...
És a última safra...
dos sentimentos...

És inspiração que não acaba
Que emerge das antíteses da vida
na fúria de um oceano em convulsão
és o poema da minha eterna paixão
 
. . . ÚLTIMA SAFRA . . .

VENTO E VOZ . . .

 
VENTO E VOZ . . .

(são só tuas palavras...)

Vou colher tuas palavras
Copiar teu som
música ao longe
Colar num quadro de sol
Crivado de pérolas e conchas
Emoldurar com flores perfumadas
pendurá-lo na cabeceira de meu leito
escutando sempre...Vento no Litoral...
quantas vezes for preciso
luz de antares
estrela de vênus
ilumina meu pensamento
as ondas não param
batem nos rochedos sem cessar
não há esquecimento
o tempo passa, não passa
tuas palavras gravadas
dimensão da estrela maior
mandalas matizadas
natureza vibrante
tuas palavras
longe
intransferível
o tempo
não passou
flores,areia
ventos
mar e sol
luz e pensamento
são só tuas palavras...
 
VENTO E VOZ . . .

Calendário de luz

 
Calendário de Luz

O tempo, alquimista
Subitamente...
Engoliu o desgosto de ontem
Poeira de um passado
Os sinos me absorvem
Melodia do presente
Bálsamo de novos tempos
Ciência sagrada
Soando inspirações
Nos escaninhos da mente
Doces canções
Surge a criatura alada
Dos séculos passados
Dos sonhos à ressurreição
Num vôo infinito
Além dos horizontes do planeta
Viajante das estrelas de ametistas
Ao encontro do calendário de luz
 
Calendário de luz