Meu Ser
MEU SER
Sonhar um sonho impossível,
Lutar contra o mal invisível,
Falar o que não é cabível,
Temer o que não é terrível,
Ver o que não é visível,
Sentir um amor indestrutível,
Orgulhar-se do desprezível,
Cantar uma música inaudível,
Fazer o que não é fazível,
Tragar o não comestível,
Delirar com o horrível,
Saber o que não é sabível,
Sofrer por ser sensível,
Concordar com o inconcebível:
É procurar ser infalível!
Tito
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O Escrever a Estória
O ESCREVER A ESTÓRIA
A melhor maneira de escrever a história é reescrevê-la, não trilhar os caminhos velhos dos avós, mas desbravar florestas existenciais, ver que o maior patrimônio que temos é a experiência dos nossos ancestrais.
Guardar o nome como um bem precioso e fazer-se merecer ele, pois se vão séculos para criá-lo e instantes para perdê-lo.
Se trilharmos os mesmos caminhos batidos de antes, talvez a chance de errar seja menor, mas pouco pode inovar dar nosso cunho pessoal à vida, assinar a existência com a marca própria e reinventar a forma de existir.
Almejam-se algo maior, e não há nada maior do que apenas ser, só que para chegar a isto tem que vencer a pretensão do querer, e a ilusão do reconhecimento. Com isto talvez sejamos visto não por aquilo que acreditamos ser importante, mas pelo que o mundo vê como importante.
Ao tentar deixar de ser para lutar pelo aparecer entregamos parte de nossa individualidade ao custo do reconhecer, e não seremos mais nós mesmos, mas uma ilusão do que pretendemos ser, misturada com uma visão do mundo que nos observa.
Talvez o ser admirado, amado, e a razão de tudo isto, que houve um dia, se perca com o tempo, pois já não se é mais o que era, mas uma imagem que se criou com o tempo.
Aí se faz a razão de se reescrever, de se reinventar e registrar a forma original que nunca deveria ter-se perdido.
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O Ser Mulher
O SER MULHER
O ser mulher é transitar entre opostos sem se arrepender. Ela precisa de seu corpo para atrair ao outro e filhos terem, que na gestação destes, põe todo o seu corpo a perder, e ela pacientemente, com uma alegria sem igual, que só a maternidade pode trazer, cuida de mais um ser, visto que de um ela já cuida, aquele que o filho ajudou a ter. E com a paciência incrível da insegurança de dois, que agora dependem dela, transita entre o ser e o não ser, pois é mãe de dois e amante de um, e um lar ajuda a manter.
O homem no auge da sua estupidez a uma mulher procura compreender, não há de se pensar em entender, e sim e aceitar, amar e assim conviver. O mundo para ela tão real, é para ele totalmente impensável, se o entende sem sentimento, jamais procurará saber os detalhes que aquela guarda no íntimo do seu ser.
Na estranha estupidez masculina, ao que não entende procura dominar, e não aceitar, e cheia de atos de violência à história feminina é contada em todo planeta. Agora se deu a ela um dia, quem a nós nos dá a existência, é muito pouco um dia para retribuir, mas deve ser então apenas para lembrar, homenagear e conscientizar.
Mulher, a sua parte na criação está a fazer, cabe a mim o mínimo apenas enaltecer, e minha forma de fazê-lo, é usar meu texto para conscientizar.
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As crianças
AS CRIANÇAS
As “crianças” que nada
Levam a sério:
Minha admiração!
Pois brincam
Com seu sofrimento
Fazendo-o,
Nos olhos do outro,
Inexistente.
Às vezes fico a pensar
Se essa preocupação
Em fazer
Que não haja preocupação,
Não é o maior ato
Do ser humano?
Pois aquele que pensa
Em evitar,
Ou até aliviar
O sofrimento humano
É digno de honrarias,
Pois pensa mais no outro
Que em si!
É...
“Amai ao próximo”.
“Como a ti mesmo”.
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Minhas mãos e as flores
Acordei de madrugada, havia sonhado que minhas mãos estavam repletas de flores! Comecei a pensar, e pus-me a escrever.
Primeiro problema: que flores são estas?
Lembrei-me dos vasos de plantas que florescem na janela do meu quarto, e que todos os dias cuido, assim enfeitam minha janela como minha vida. E aí contente, sempre compro flores para por na sala e alegrar o ambiente!
Eram estas as flores?
Não!
Lembrei-me do meu sorriso que trago nos lábios a caminhar, e a cumprimentar todos que passam na rua, seriam estas?
Também não!
Então deveriam ser as páginas que escrevo textos que falam de vida, telas que pinto coloridas ou partituras que encho de notas, criando!
Parei de escrever um pouco, e pela primeira vez olhei as mãos, estavam nuas segurando uma caneta.
Sempre estiveram nuas, meus sonhos no mundo da fantasia falavam da minha realidade subjetiva, tanto é que precisei dela para escrever esta página, e lembrar:
“Quem dá flores, perfuma as mãos”!
As flores que havia sonhado era o perfume que de minhas mãos exalam.
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A Lenda
A LENDA
Conta a lenda que havia..., e muitas vezes a estória muda, mas o princípio é igual e o fim comum.
O conto de fada, as lendas, tem como toque final a felicidade, e é nesta toada que ensinamos as crianças sobre a vida, só que esquecemos de acrescentar a forma de alcançar tal fim visto as estórias serem tão surreais que dificilmente alguém há de viver esta realidade.
Aí vêm os poetas, e recontam as lendas. Elas continuam belas, e na estória irreal acham um fundo moral, uma conclusão crítica, ou então vestem o irreal com as cores vivas da realidade.
Mas, as estórias dos poetas e dos filósofos não são para todos, porque poucos as conhecem!
Continua acontecendo o mesmo drama de antes, prega-se a felicidade como fim, mas e a forma de alcançá-la?
A felicidade encontra-se no universo de cada um, e este mundo não se encontra no alcance da visão, mas nos braços da alma, e no palpitar do coração.
E está na paz interior, no viver seu mundo com amor, a única maneira, que um dia aprendemos possível, da felicidade em vida alcançar.
Se isto é filosofia? Se é religião? Nunca me perguntei, um dia. Para mim soa como sabedoria, e apenas isto, e não é difícil, não!
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Os Prazos
Tudo na vida tem um prazo! Tempo de acontecer, tempo de nascer, até para dar certo tem um tempo, o de amadurecer.
Na Faculdade de Direito, no auge da juventude, achava a matéria mais desagradável, as aulas sobre os prazos processuais, que é muito importante. Depois, mais velho, não achei tal assunto maçante, e sim importante, foi à maturidade que chegou a meu espírito.
Enquanto jovem queria as coisas para ontem, a ansiedade tomava conta de mim, não era capaz de ver, que assim como na natureza, tudo tem um prazo para acontecer, e o conhecimento disto é de grande auxílio para ser bem sucedido.
Sobre forte emoção queremos dominar o tempo, e eu que vivia com o pé no chão, a cabeça nas nuvens, e o coração batendo forte de paixão, não conseguia entender a importância do tempo na vida.
Hoje sei que o tempo é uma variante que deve ser pensada, e sobre o enfoque desta, as coisas estudadas.
Existe a possibilidade do “não tempo”, não é o estar sem tempo, mas dos momentos de reflexão e de forte emoção que o tempo toma outra dimensão. São reconfortantes, como as horas de sono, ou compensadores como o sonhar acordado.
Depois de um período na trilha da razão, o mergulhar no mundo da emoção, nos traz um grande presente, renascemos ao acordar, para um mundo melhor.
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O ano que vai e o ano que chega
Acabou-se o Natal e o mundo continua em festa. O período festivo só terminará em Reis, quando se comemora a visitação do Messias por todos os povos da terra, e o cristão sabe, no fundo do seu coração, que a boa nova é para todos.
Entre uma comemoração e outra há a passagem do ano civil, nesta festa faz-se o balanço das experiências que foram, e projeta-se a expectativa sobre as vindouras.
Eu fui criado no interior, e a agricultura faz parte da minha cultura; quando se termina uma lavoura se ara a terra, renovando o solo para a que virá, e semeiam-se as esperanças na terra removida. Muitas vezes a adubação daquela plantação que foi, auxilia na brotação da que virá a vida não é diferente.
Deve-se encarar as experiências amargas, as dificuldades, como um adubo, uma experiência a mais, que auxilia na esperança de uma boa colheita.
Se só olhar-mos o hoje, sempre olharemos para o chão, na roça é assim, e teremos sempre a cabeça baixa, sem ver-mos a chuva que virá a esperança que brotará de nossas idéias, e a certeza de estar-mos construindo um mundo melhor, só consegue isto quem olha para frente, para o horizonte, para o futuro e procura no amanhã a razão do existir agora!
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A Estrela - Artigo 4 - Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia
A VIDA EM PARTES- UMA ESTRELA
Um dia sonhei que capturava uma estrela, e então minha mão se transformava em luz!
Pus-me a escrever, pois a luz é a certeza que nos conduz a um mundo melhor, o da felicidade, e o escrever é a forma de transmiti-lo.
Lembrei-me que há muito tempo atrás, um homem era só luz, as trevas não habitavam nele, estas lutavam contra ele, e o importante do que ensinou foi que “A consciência é de cada um”, não existe o politicamente correto, a moral transitória de alguns grupos, a importância da forma sem pensar na intenção...
Na consciência coletiva, esta de que falei você é mais um, enquanto na particular és sempre “um”.
Aí se tem a responsabilidade do ato, fiz algo por que quis me responsabilizo por isto, pelas minhas atitudes, meus gestos, minhas idéias, meus gostos...
No alto de um madeiro, puseram a luz, crucificando Jesus!
Mas pode alguém matar a luz?
E do alto da cruz, sofrendo o escárnio, fez da sua humilhação, a cruz, seu símbolo, e a todos que quiseram vê-lo iluminou.
A partir daí o mundo se transformou a vida um pouco mudou, e pensa-se diferente para dizer: eu sou!
Acesse a Revista através do link abaixo:
http://www.divulgaescritor.com/produc ... a-escritor-dezembro-2013/
Meu Fascínio
MEU FASCÍNIO
Nas horas que estou só, estes momentos que me pego a escrever, pode haver mais pessoas comigo no local, mas me isolo na minha solidão existencial, escuto vozes.
Lembro-me do falar cantado das mulheres, o dizer delas soa-me como música aos meus ouvidos, a cadência do dizer e suas entonações é algo que transmite emoções. Como sou poeta, e trabalho com sentimentos, a companhia feminina me traz desde alegria as mais doces recordações.
Basta ficar calado a ouvir as vozes que saem a minha volta, e a alegria existencial brilha no meu ser, traduzida pela música aos meus ouvidos. Posso não entender todas as palavras, posso não decifrar as idéias, posso perder-me sobre o peso imaginário dos seios que vejo, mas a música brota em minha alma, causando-me uma simpatia entre o meu ser e o meu ouvir.
Sei também que estas palavras que me embalam podem um dia magoar, me trazer preocupações, mas isto é o que mais me fascina: a mulher não esconde emoções no seu dizer!
É como se todas as músicas que elas cantassem fossem sempre interpretadas, podem se perder na técnica por excesso de emoção, e isto me fascina e me deixa sem razão!
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